Jerusalém: estas resoluções se referem à "Palestina ocupada" e criticam a gestão, por parte de Israel, dos sítios religiosos disputados com os palestinos
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2016 às 11h57.
A Unesco aprovou formalmente uma resolução sobre Jerusalém Oriental promovida por países árabes em nome da proteção do patrimônio cultural palestino, mas muito criticada por Israel, que, segundo alega, nega o vínculo milenar entre judeus e os lugares santos.
O texto, proposto pela Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Omã, Catar e Sudão foi examinado pelos 58 membros do Conselho Executivo da organização para a paz e a cultura da ONU.
Israel anunciou na semana passada a suspensão de sua cooperação com a Unesco depois que, em uma primeira votação, duas resoluções propostas pelos sete países árabes foram adotadas.
Estas resoluções se referem à "Palestina ocupada" e criticam a gestão, por parte de Israel, dos sítios religiosos disputados com os palestinos.
Israel considera, além disso, que a forma com que a Unesco denomina estes sítios são uma negação do vínculo milenar entre judeus e Jerusalém.
Jerusalém Oriental é a parte palestina de Jerusalém ocupada desde 1967 por Israel, e anexada posteriormente, e que os palestinos querem que seja a capital de seu futuro Estado.
É onde se encontra a ultrassensível Esplanada das Mesquitas, terceiro local santo do Islã, e o lugar mais sagrado para os judeus, que chamam de Monte do Templo.
Nesse ponto, foi erguido o segundo templo judeu destruído pelos romanos no ano 70. A Unesco faz referência a essa área apenas como Esplanada das Mesquitas, o que incomoda Israel.
Israel também critica que se designe por seu nome árabe, Al Buraq, que os israelenses chamam de Muro das Lamentações.