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Um latino com Trump

Na tarde desta sexta-feira, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, se reunirá com o presidente americano, Donaldo Trump, para tratar de questões de interesse dos dois países e, também, da América do Sul. Este será o quinto encontro de Trump como presidente com líderes estrangeiros, o primeiro com um latino-americano. Kuczynski está nos Estados […]

KUCZYNSKI: o presidente peruano deve tratar temas do país e de seus vizinhos com Donald Trump / Paco Chuquiure/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 06h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Na tarde desta sexta-feira, o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, se reunirá com o presidente americano, Donaldo Trump, para tratar de questões de interesse dos dois países e, também, da América do Sul. Este será o quinto encontro de Trump como presidente com líderes estrangeiros, o primeiro com um latino-americano. Kuczynski está nos Estados Unidos para receber uma premiação da Universidade de Princeton, onde estudou, e realizar encontros políticos. Além de Trump, também conversará com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres.

No encontro com Trump, o presidente peruano deve falar sobre o acordo de livre comércio que existe entre os países, o combate ao narcotráfico, a crise na Venezuela e a comunidade peruana nos Estados Unidos. O próprio Kuczynski tinha nacionalidade americana, mas abriu mão antes das eleições de 2016, quando concorreu à presidência. Outro ponto que deve estar na conversa é a Parceria Transpacífico, da qual o Peru faz parte e os norte-americanos se retiraram assim que Trump assumiu.

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Sobre a Venezuela, com uma opinião muito parecida à de Trump em relação à solução da crise no país – ambos críticos ao governo de Nicolas Maduro -, o peruano deve se colocar como um ponto de apoio para a política norte-americana na região.

No momento, o Peru vive um embaraço diplomático com os Estados Unidos. Os sul-americanos querem a deportação do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006), que é acusado de receber 20 milhões de dólares da Odebrecht durante seu governo. Toledo é pesquisador na Universidade de Stanford. No começo do mês, por telefone, Kuczynski já havia reiterado esse pedido ao seu colega americano.

O cerco à corrupção, aliás, começa a se fechar no Peru de maneira parecida com o Brasil. Ontem, o juiz Sergio Moro esteve em um seminário sobre Corrupção e Estado de Direito em Lima. Jornais locais noticiaram que a Odebrecht doou 3 milhões de dólares à campanha do ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016). Além de Humala e Toledo, o governo de Alan García (2006-2011) também foi envolvido no recebimento de propinas da empresa brasileira.

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