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Ultrarricos compraram iates maiores e mais caros em 2015

Volume de vendas aumentou, mas perfil dos compradores mudou: destinos de viagem agora são mais focados em aventura e esportes


	Iates: patamares de vendas ainda não voltaram aos de 2008, mas estão se aproximando, segundo presidente da Y.Co
 (Divulgação/Divulgação)

Iates: patamares de vendas ainda não voltaram aos de 2008, mas estão se aproximando, segundo presidente da Y.Co (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2016 às 19h50.

Os ultrarricos passaram o último ano comprando os iates mais incríveis – e gigantescos – do mundo, de acordo com o Knight Frank Wealth Report, que determinou que as vendas de superiates aumentaram 40 por cento de 2014 a 2015. 

O relatório, elaborado junto com a Wealth-X, pesquisou cerca de 45.000 indivíduos com patrimônios líquidos extremamente altos, cuja riqueza coletiva ultrapassa meio trilhão de dólares.

Definidos pela Knight Frank como iates de mais de 78 pés, os “superiates” fazem mais sucesso no Pacífico. 

Os barcos são extremamente caros, tanto na hora de comprar quanto na hora de operá-los. Kitty McGowan, da Associação de Superiates dos Estados Unidos, estimou que o custo anual para operar um iate de 180 pés é de US$ 4,75 milhões.

Algumas lojas observaram um aumento bem maior que 40 por cento nas vendas: Y.Co, uma empresa em Monte Carlo destinada à venda, à administração e ao frete de iates, disse ter vendido 16 superiates em 2015, de em média 154 pés de comprimento, por um valor total de vendas de US$ 350 milhões. É o dobro do que a Y.Co vendeu em 2014, disse o CEO da empresa, Charlie Birkett.

“Certamente não estamos nos mesmos patamares [de vendas] em que estávamos antes de 2008, mas sem dúvida estamos nos aproximando”, explicou Birkett. Ele espera que até o fim de 2016 haja 48 superiates com mais de 100 metros (328 pés) navegando em alto-mar. 

De acordo com dados do mercado compilados pela Boat International, apenas 16 superiates com mais de 60 metros foram vendidos em 2015. 

O relatório de mercado da Boat International, que analisou o número de superiates vendidos em vez da quantidade de dólares gastos, concluiu que em 2015 foram vendidas 20 embarcações do tipo a menos que em 2014, com 392 e 412, respectivamente, no mercado de corretagem.

O modo em que os superricos utilizam seus superiates está mudando: antes eles eram usados primordialmente para viagens de lazer pelo Caribe e pelo Mediterrâneo, mas o relatório da Knight Frank observou que os destinos de viagem estão mudando para “lugares mais aventureiros, como a Antártida e a Ásia”.

Com a mudança de destinos vem a reformulação dos barcos. “As pessoas estão buscando barcos com um único deck estilo casa de praia, como um apartamento tipo loft, em vez dos iates tradicionais com vários decks, como um bolo de casamento”, explicou Birkett. 

“Os clientes são mais jovens, mais aventureiros e estão mais interessados em esportes aquáticos, não se atêm ao terreno comum dos cruzeiros”.

Os consumidores mais extrovertidos de superiates demandam uma tripulação altamente capacitada, capaz de navegar e administrar um navio desse porte entre 500 e 1.000 milhas de distância do continente, disse Birkett. Entre os membros da tripulação da Y.Co agora estão presentes paramédicos e instrutores de esportes aquáticos.

Os superiates não são o único brinquedo dos ultrarricos. O relatório da Knight Frank também concluiu que se gasta muito em carros clássicos e em peças de coleção, principalmente obras de arte. 

O carro mais colecionado, que custa mais de um milhão de dólares, é o Mercedes-Benz 300SL, mais conhecido por suas portas no formato de asas de falcão.

“As pessoas estão dispostas a pagar por suas paixões”, concluiu Andrew Shirley, editor do relatório.

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