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UE volta a defender dois Estados em conflito árabe-israelense

Representante da União Europeia para Relações Exteriores também ressaltou a oposição comunitária aos assentamentos israelenses na Palestina

Federica Mogherini: "apoiamos a presença Palestina em Jerusalém Oriental em termos políticos e financeiros" (LLUIS GENE/AFP)

Federica Mogherini: "apoiamos a presença Palestina em Jerusalém Oriental em termos políticos e financeiros" (LLUIS GENE/AFP)

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EFE

Publicado em 27 de março de 2017 às 12h40.

Bruxelas - A alta representante da União Europeia (UE) para Relações Exteriores, Federica Mogherini, reiterou nesta segunda-feira o compromisso do bloco com a solução de dois Estados para pôr fim ao conflito árabe-israelense e ressaltou a oposição comunitária aos assentamentos israelenses na Palestina.

"Seguimos comprometidos com uma solução negociada de dois Estados, que permanece para nós como a única fórmula viável para finalizar o conflito", declarou Mogherini após uma reunião com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Bruxelas.

A vice-presidente da Comissão Europeia explicou que a UE reconheceria as mudanças das fronteiras anteriores a 1967 apenas "se forem estipuladas entre as duas partes", incluídas as que afetam Jerusalém, e que Bruxelas não mudou sua posição sobre Jerusalém como capital dos dois futuros países.

"Apoiamos a presença Palestina em Jerusalém Oriental em termos políticos e financeiros", acrescentou Mogherini.

A alta representante da UE para Relações Exteriores também lembrou a "forte oposição" do bloco à política israelense de assentamentos e de demolição de edifícios palestinos.

"A União Europeia considera ilegais os assentamentos, de acordo com a legislação internacional, e isto também não mudou em nossa política", explicou.

Por sua vez, o presidente da ANP concordou com Mogherini quanto a assinalar a criação de dois Estados baseados nas fronteiras de 1967 como a única solução e em se opor aos assentamentos israelenses na Palestina.

Abbas também se mostrou disposto a manter negociações de paz com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Expliquei ao senhor Trump que estamos prontos para um acordo de paz e vamos nos reunir em Washington, pois aceitamos seu convite", comentou.

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