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UE pretende limitar os negócios com commodities

A UE está seguindo os passos dos Estados Unidos, que incluíram atribuições semelhantes na nova lei financeira aprovada neste ano

A proposta visa a evitar que participantes manipulem os mercados de commodities

A proposta visa a evitar que participantes manipulem os mercados de commodities

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 15h35.

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), afirmou nesta quarta-feira que pretende garantir que os reguladores nacionais tenham poder para limitar as apostas dos operadores em commodities. A proposta visa a evitar que participantes manipulem os mercados de commodities, uma preocupação que cresceu particularmente quando os preços de alimentos e energia saltaram para níveis recorde em 2008.

A Comissão quer que os reguladores tenham autoridade para estabelecer limites nos negócios quando acharem que os mercados não estão funcionando apropriadamente. Instituições da UE teriam papel de coordenação.

A UE está seguindo os passos dos Estados Unidos, que incluíram atribuições semelhantes na nova lei financeira aprovada neste ano. "Não acho que haja qualquer razão para que os europeus sejam menos rigorosos do que os americanos", afirmou o comissário da UE responsável pela regulação financeira, Michel Barnier, em conferência.

O crescimento no volume de negócios com contratos futuros de commodities, opções e outros derivativos ao longo da última década alimentou temores de que os mercados financeiros possam direcionar os preços de alimentos e energia para níveis artificialmente elevados. No entanto, economistas encontraram poucas evidências de que as operações com derivativos tenham impacto no preço real do barril de petróleo ou do bushel de trigo.

A proposta da Comissão é uma das medidas que estão sendo avaliadas para tornar mais rigorosa a regulação dos mercados de valores mobiliários, como parte de uma revisão da Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros (Mifid, na sigla em inglês) principal lei que regulamenta os mercados de títulos. As informações são da Dow Jones.

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