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UE e EUA iniciam cúpula sobre crise ucraniana e espionagem

Os presidentes dos EUA, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia começam cúpula que abordará a crise ucraniana e o escândalo da espionagem

Barack Obama (E), Herman Van Rompuy (3º à direita), e José Manuel Durão Barroso (2º à direita): cúpula consistirá em um almoço de negócios (Yves Herman/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 10h30.

Bruxelas - Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama , do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, iniciaram nesta quarta-feira a cúpula bilateral UE-EUA, que abordará a crise ucraniana e o escândalo da espionagem da inteligência americana.

As duas potências dedicarão também um espaço em sua agenda para as negociações em curso de um tratado de livre-comércio e investimentos, conhecido como TTIP, que querem concluir para 2015.

Obama chegou ao Conselho da União Europeia, onde foi recebido por Van Rompuy e Barroso, após visitar o cemitério militar americano de Waregem (cidade), onde estão enterrados quase 400 soldados americanos que lutaram durante a Primeira Guerra Mundial em solo belga.

A cúpula consistirá em um almoço de negócios na qual as duas partes revisarão sua agenda comum, especialmente temas de interesse internacional como a crise na Ucrânia.

A UE e os EUA impuseram sanções específicas a pessoas que consideram responsáveis de ameaçar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, e se declararam dispostos a preparar medidas que afetem mais diretamente a economia russa, se Moscou segue avançando em território ucraniano.

Em sua última cúpula na semana passada, os chefes de Estado e de governo comunitários defenderam reduzir sua dependência do gás que importam da Rússia - seu principal fornecedor - e para isso defenderam diversificar suas fontes, propondo facilitar as importações dos EUA.

A UE espera incluir essa possibilidade na negociação do TTIP, do que este mês se celebrou em Bruxelas a quarta rodada de conversas.


As negociações do acordo começaram em julho de 2013, focadas em criar a maior zona de livre-comércio do mundo (significaria 50% da atividade econômica global) e em harmonizar suas regulações para definir um referente mundial.

Por outro lado, UE e Obama abordarão a mudança climática e os diferentes níveis de ambição nos objetivos de redução de emissões com os quais tanto a UE como os EUA irão em 2015 à cúpula da ONU em Paris.

Fontes da UE informaram que, nessa reunião, esperam conhecer em primeira mão a posição do presidente americano, apesar de que por enquanto não houve nenhum sinal de "uma maior abertura" de Washington nesse âmbito.

Por sua vez, os líderes da UE apoiaram na semana passada a linha moderada proposta por Bruxelas para as metas climáticas e energéticas até 2030.

O outro assunto que deve dar o tom das discussões na cúpula será a proteção de dados e as revelações de espionagem em massa da NSA a cidadãos, líderes, empresas e instituições europeias.

Fontes europeias acreditam que o encontro sirva para restaurar a confiança, especialmente depois do anúncio de Obama em janeiro de que a NSA será reformada.

Além disso, em uma intervenção na terça-feira em Haia, Obama confirmou que seu governo dará um fim à espionagem massiva de dados telefônicos de americanos que essa agência realiza, e disse confiar em que isso responda às preocupações sem afetar a luta terrorista.

A UE espera estabelecer os limites da compilação de informação pelos serviços de inteligência, para fortalecer o acordo bilateral "Safe Harbour" e às negociações de um acordo sobre a proteção de dados.

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Bruxelas - Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama , do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, iniciaram nesta quarta-feira a cúpula bilateral UE-EUA, que abordará a crise ucraniana e o escândalo da espionagem da inteligência americana.

As duas potências dedicarão também um espaço em sua agenda para as negociações em curso de um tratado de livre-comércio e investimentos, conhecido como TTIP, que querem concluir para 2015.

Obama chegou ao Conselho da União Europeia, onde foi recebido por Van Rompuy e Barroso, após visitar o cemitério militar americano de Waregem (cidade), onde estão enterrados quase 400 soldados americanos que lutaram durante a Primeira Guerra Mundial em solo belga.

A cúpula consistirá em um almoço de negócios na qual as duas partes revisarão sua agenda comum, especialmente temas de interesse internacional como a crise na Ucrânia.

A UE e os EUA impuseram sanções específicas a pessoas que consideram responsáveis de ameaçar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, e se declararam dispostos a preparar medidas que afetem mais diretamente a economia russa, se Moscou segue avançando em território ucraniano.

Em sua última cúpula na semana passada, os chefes de Estado e de governo comunitários defenderam reduzir sua dependência do gás que importam da Rússia - seu principal fornecedor - e para isso defenderam diversificar suas fontes, propondo facilitar as importações dos EUA.

A UE espera incluir essa possibilidade na negociação do TTIP, do que este mês se celebrou em Bruxelas a quarta rodada de conversas.


As negociações do acordo começaram em julho de 2013, focadas em criar a maior zona de livre-comércio do mundo (significaria 50% da atividade econômica global) e em harmonizar suas regulações para definir um referente mundial.

Por outro lado, UE e Obama abordarão a mudança climática e os diferentes níveis de ambição nos objetivos de redução de emissões com os quais tanto a UE como os EUA irão em 2015 à cúpula da ONU em Paris.

Fontes da UE informaram que, nessa reunião, esperam conhecer em primeira mão a posição do presidente americano, apesar de que por enquanto não houve nenhum sinal de "uma maior abertura" de Washington nesse âmbito.

Por sua vez, os líderes da UE apoiaram na semana passada a linha moderada proposta por Bruxelas para as metas climáticas e energéticas até 2030.

O outro assunto que deve dar o tom das discussões na cúpula será a proteção de dados e as revelações de espionagem em massa da NSA a cidadãos, líderes, empresas e instituições europeias.

Fontes europeias acreditam que o encontro sirva para restaurar a confiança, especialmente depois do anúncio de Obama em janeiro de que a NSA será reformada.

Além disso, em uma intervenção na terça-feira em Haia, Obama confirmou que seu governo dará um fim à espionagem massiva de dados telefônicos de americanos que essa agência realiza, e disse confiar em que isso responda às preocupações sem afetar a luta terrorista.

A UE espera estabelecer os limites da compilação de informação pelos serviços de inteligência, para fortalecer o acordo bilateral "Safe Harbour" e às negociações de um acordo sobre a proteção de dados.

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