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UE conversará sobre comércio pós-Brexit após acerto de contas

Líderes da UE fizeram coro para repetir que Londres precisa lidar com o rompimento antes de negociar a parceria comercial abrangente que a premiê deseja

Brexit: o presidente da França, François Hollande, disse a May por telefone que "as conversas precisam, primeiro, tratar dos termos da retirada" (Christopher Furlong/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de março de 2017 às 16h50.

Bruxelas - A União Europeia está cautelosa com o pedido da primeira-ministra do Reino Unido , Theresa May, por negociações rápidas para um acordo de livre comércio posterior à desfiliação britânica da União Europeia, o chamado Brexit, enquanto os britânicos acertam os termos da separação, mas não descarta conversas iniciais.

Respondendo à carta enviada por May a Bruxelas na quarta-feira, que desencadeou uma contagem regressiva de dois anos para a saída do bloco, líderes da UE fizeram coro para repetir que Londres precisa lidar com o rompimento antes de negociar a parceria comercial abrangente que a premiê deseja.

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Nesta quinta-feira, o presidente da França, François Hollande, disse a May por telefone que "as conversas precisam, primeiro, tratar dos termos da retirada", especialmente os direitos de cidadãos expatriados e o dinheiro que o Reino Unido deve para cobrir compromissos feitos quando pertencia à UE.

"Com base no progresso feito, poderíamos iniciar discussões sobre a estrutura das futuras relações entre o Reino Unido e a União Europeia", disse Hollande a May, de acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do presidente.

Sua fala ecoou a da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que na quarta-feira disse que o Reino Unido precisa primeiro resolver como desatar seus nós com a UE e pagar suas dívidas: "Só então, mais tarde, podemos conversar sobre nosso relacionamento futuro".

Mas por trás das declarações diretas existe uma abordagem mais nuançada que reconhece que muitos dos temas para os quais o Brexit precisa trazer esclarecimentos legais não podem ser resolvidos sem alguma compreensão de como o comércio e outras relações entre Londres e Bruxelas irão funcionar no futuro.

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