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Ucrânia pede mais armas para a Otan

O ministro ucraniano afirmou que serão necessários "aviões, veículos blindados e defesa antiaérea"

Soldados ucranianos caminhando entre equipamentos militares russos destruídos após uma batalha na cidade de Trostyanes, região de Sumy (Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia/AFP)

Soldados ucranianos caminhando entre equipamentos militares russos destruídos após uma batalha na cidade de Trostyanes, região de Sumy (Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia/AFP)

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AFP

Publicado em 7 de abril de 2022 às 08h37.

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, pediu nesta quinta-feira (7) aos países membros da Otan que forneçam mais armamento a seu país para combater e derrotar as forças russas.

"Venho pedir três coisas: armas, armas e armas. Quanto mais rápido forem entregues, mais vidas serão salvas e destruições evitadas", declarou ao chegar à sede da Otan em Bruxelas para uma reunião com ministros das Relações Exteriores dos países membros da organização.

"A Ucrânia tem direito à defesa. Vamos escutar as necessidades que serão apresentadas por Dmytro Kuleba e conversar sobre como responder", declarou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg.

O ministro ucraniano afirmou que serão necessários "aviões, veículos blindados e defesa antiaérea".

"Sabemos lutar. Sabemos como vencer, mas sem um abastecimento constante e suficiente de todas as armas solicitadas pela Ucrânia, esta vitória vai impor enormes sacrifícios", completou.

"Peço a todos os aliados que deixem de lado as hesitações, a relutância a fornecer à Ucrânia tudo que precisa", insistiu.

"Está claro que a Alemanha pode fazer mais, levando em consideração suas reservas. Trabalhamos com o governo alemão para que forneça armas adicionais", acrescentou.

Citada diretamente por Kuleba, a ministra alemã Annalena Baerbock afirmou que seu país apoia "a Ucrânia para ajudá-la em sua capacidade de defesa, mas é importante estabelecer uma coordenação, atuarmos juntos e não individualmente".

Nesta quinta-feira também acontecerá uma reunião dos ministros dos países membros do G7, com a participação do chanceler japonês Yoshimasa Hayashi, na sede da Otan antes da reunião plenária da Aliança.

"O objetivo da reunião de hoje no G7 é garantir a manutenção da pressão sobre a Rússia", disse a ministra canadense Mélanie Joly.

"Também queremos garantir que não existam rachaduras nos países ocidentais, que estamos coordenados", declarou.

A União Europeia (UE) estuda novas sanções que devem afetar pela primeira vez o setor de energia, com um embargo às compras de carvão russo e o fechamento dos portos europeus aos navios de Moscou.

"O acordo será finalizado pelos embaixadores dos países da UE e será aprovado pelos ministros das Relações Exteriores na segunda-feira em Luxemburgo", anunciou o chefe da diplomacia europeia, o espanhol Josep Borrell, ao chegar à sede da Otan.

"O petróleo não está neste novo pacote de sanções, mas o tema será abordado na segunda-feira em Luxemburgo e, mais cedo ou mais tarde, haverá uma decisão", disse.

"É necessário impor um embargo sobre o petróleo e gás da Rússia. Espero que não sejam necessárias novas atrocidades para que estas sanções sejam decididas", concluiu Kuleba.

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