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Ucrânia espera que queda do preço do petróleo acalme Putin

Menor preço do petróleo "é uma maneira" para que o russo "comece a pensar sobre o custo econômico" que representa conflito na Ucrânia, disse ministra ucraniana

Putin: Ucrânia espera que queda do preço do petróleo possa dissuadir Rússia de continuar com conflito (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 15h31.

Davos (Suíça) - A Ucrânia espera que a queda do preço do petróleo possa dissuadir a Rússia de continuar com o conflito em seu território, perante a redução das receitas que recebe por suas exportações do produto.

"A reação do presidente (Vladimir) Putin aos baixos preços do petróleo não é previsível, mas é possível que tenha um efeito na medida em que aumenta o custo de continuar com a custosa guerra que começou", disse a ministra de Finanças da Ucrânia, Natalia Ann Jaresko, no Fórum Econômico Mundial de Davos.

Jaresko fazia referência ao apoio que Moscou dá aos separatistas pró-Rússia sublevados desde abril do ano passado nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk.

Em um debate dedicado à questão da instabilidade e a como os mercados percebem o custo dos riscos geopolíticos, Jaresko sustentou que a diminuição do preço do petróleo "é uma maneira" para que o presidente russo "comece a pensar sobre o custo econômico" que representa o conflito na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, a ministra tentou transmitir confiança à audiência em relação à situação econômica de seu país e negou que tenha estado ou esteja em risco de descumprimento de pagamentos.

"Há uma percepção errônea do risco em relação à economia. Somos mais fortes do que os mercados reconhecem", assegurou a responsável das finanças ucranianas.

Em outra passagem de seu discurso, Jaresko disse que observou que existe confusão e maus entendidos a respeito da tamanho do pacote de ajuda que a Ucrânia necessita e que cifrou em US$ 15 bilhões.

A ministra considerou essa quantia como "uma soma muito pequena" frente à ajuda recebida pela Grécia.

Em sua opinião, os investidores estão subestimando a capacidade da população ucraniana de fazer frente às circunstâncias difíceis que enfrenta e de pagar suas dívidas.

A Ucrânia deve investir 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para reabilitar seu exército "e colocá-lo em uma posição adequada de defesa do país, nada mais que isso", salientou.

Em seu discurso perante o fórum, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que agora não é uma questão essencial para seu governo reduzir os subsídios ao setor energético e explicou que, como medida de economia, se conseguiu diminuir o consumo.

Isto, por sua vez, reduz a dependência energética da Rússia, entre seus maiores provedores.

"Em dois anos seremos independentes da Rússia do ponto de vista energético", previu Poroshenko.

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"A reação do presidente (Vladimir) Putin aos baixos preços do petróleo não é previsível, mas é possível que tenha um efeito na medida em que aumenta o custo de continuar com a custosa guerra que começou", disse a ministra de Finanças da Ucrânia, Natalia Ann Jaresko, no Fórum Econômico Mundial de Davos.

Jaresko fazia referência ao apoio que Moscou dá aos separatistas pró-Rússia sublevados desde abril do ano passado nas regiões orientais ucranianas de Donetsk e Lugansk.

Em um debate dedicado à questão da instabilidade e a como os mercados percebem o custo dos riscos geopolíticos, Jaresko sustentou que a diminuição do preço do petróleo "é uma maneira" para que o presidente russo "comece a pensar sobre o custo econômico" que representa o conflito na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, a ministra tentou transmitir confiança à audiência em relação à situação econômica de seu país e negou que tenha estado ou esteja em risco de descumprimento de pagamentos.

"Há uma percepção errônea do risco em relação à economia. Somos mais fortes do que os mercados reconhecem", assegurou a responsável das finanças ucranianas.

Em outra passagem de seu discurso, Jaresko disse que observou que existe confusão e maus entendidos a respeito da tamanho do pacote de ajuda que a Ucrânia necessita e que cifrou em US$ 15 bilhões.

A ministra considerou essa quantia como "uma soma muito pequena" frente à ajuda recebida pela Grécia.

Em sua opinião, os investidores estão subestimando a capacidade da população ucraniana de fazer frente às circunstâncias difíceis que enfrenta e de pagar suas dívidas.

A Ucrânia deve investir 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para reabilitar seu exército "e colocá-lo em uma posição adequada de defesa do país, nada mais que isso", salientou.

Em seu discurso perante o fórum, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que agora não é uma questão essencial para seu governo reduzir os subsídios ao setor energético e explicou que, como medida de economia, se conseguiu diminuir o consumo.

Isto, por sua vez, reduz a dependência energética da Rússia, entre seus maiores provedores.

"Em dois anos seremos independentes da Rússia do ponto de vista energético", previu Poroshenko.

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