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Ucrânia chama de pressão psicológica exercícios militares da Rússia

O ministério da Defesa da Rússia anunciou que os exercícios militares prosseguirão até 20 de fevereiro em cinco campos militares

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Irina Yakovleva/TASS/Reuters)

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Irina Yakovleva/TASS/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 07h33.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou nesta quinta-feira (10) de "pressão psicológica" a concentração de soldados russos nas fronteiras de seu país, no dia do início das manobras militares da Rússia com Belarus.

"Consideramos que o acúmulo de tropas perto de nossas fronteiras é um meio de pressão psicológica da parte de nossos vizinhos", afirmou Zelensky em um comunicado divulgado pela presidência.

"Não há nada de novo aqui. Quanto aos riscos, existem e nunca cessaram desde 2014", completou, ao citar o ano em que a Rússia anexou a Crimeia e em que teve início um conflito com os separatistas apoiados por Moscou no leste da Ucrânia. "A questão é o nível dos riscos e a maneira como reagimos", disse.

O ministério da Defesa da Rússia anunciou que os exercícios militares prosseguirão até 20 de fevereiro em cinco campos militares, quatro bases aéreas e "vários pontos" de Belarus, particularmente na região de Brest, na fronteira com a Ucrânia.

A Rússia concentrou mais de 100.000 soldados nas fronteiras com a Ucrânia desde novembro. O exército ucraniano iniciou esta semana exercícios em todo o território do país, incluindo o uso de drones de combates turcos e mísseis antitanques fornecidos por Reino Unido e Estados Unidos.

A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar, afirmou na quarta-feira que as tropas russas concentradas nas fronteiras não estavam preparadas para uma iminente invasão a seu país, mas servem à Rússia como ferramenta de "pressão política e chantagem".

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, considerou as manobras militares entre Rússia e Belarus perto da fronteira com a Ucrânia "um gesto de grande violência".

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