Turquia envia pêsames à Armênia, mas não vê genocídio
O premiê da Turquia enviou condolências aos descendentes dos armênios mortos há 100 anos pelos turco-otomanos, sem dizer que as mortes foram genocídio
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2015 às 19h05.
Ancara - O primeiro-ministro da Turquia , Ahmet Davutoglu, enviou hoje condolências aos descendentes dos armênios mortos há 100 anos pelos turco-otomanos.
Segundo ele, a Turquia compartilha dessa dor. Davutoglu ainda anunciou que será realizado um evento no Patriarcado Armênio em Istambul para lembrar as vítimas.
A mensagem conciliadora foi enviada dias antes dos eventos que marcarão o centenário do episódio, em 24 de abril.
Davutoglu não disse, porém, que as mortes foram um genocídio, além de criticar os esforços para pressionar o governo turco a reconhecer que isso ocorreu.
"Reduzir isso a uma única palavra, para jogar toda a responsabilidade sobre a nação turca", disse, "e combinar isso com um discurso de ódio é legal e moralmente problemático".
Os armênios realizam uma campanha por um maior reconhecimento de que as mortes foram um genocídio, enquanto a Turquia busca evitar que mais países reconheçam esse massacre oficialmente como genocídio.
Historiadores estimam que até 1,5 milhão de armênios foram mortos por turco-otomanos na época da Primeira Guerra Mundial. Pesquisadores em geral se referem ao caso como o primeiro genocídio do século 20. A Turquia, porém, diz que o número de mortos foi exagerado e que havia uma guerra civil e outros distúrbios.
Na semana passada, o papa Francisco se referiu ao caso como "genocídio", gerando uma resposta furiosa da Turquia, que convocou de volta seu embaixador no Vaticano, em protesto. O Parlamento alemão deve usar o termo genocídio em resolução sobre o tema nesta sexta-feira. Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução para marcar "o centenário do genocídio armênio". Fonte: Associated Press.
Ancara - O primeiro-ministro da Turquia , Ahmet Davutoglu, enviou hoje condolências aos descendentes dos armênios mortos há 100 anos pelos turco-otomanos.
Segundo ele, a Turquia compartilha dessa dor. Davutoglu ainda anunciou que será realizado um evento no Patriarcado Armênio em Istambul para lembrar as vítimas.
A mensagem conciliadora foi enviada dias antes dos eventos que marcarão o centenário do episódio, em 24 de abril.
Davutoglu não disse, porém, que as mortes foram um genocídio, além de criticar os esforços para pressionar o governo turco a reconhecer que isso ocorreu.
"Reduzir isso a uma única palavra, para jogar toda a responsabilidade sobre a nação turca", disse, "e combinar isso com um discurso de ódio é legal e moralmente problemático".
Os armênios realizam uma campanha por um maior reconhecimento de que as mortes foram um genocídio, enquanto a Turquia busca evitar que mais países reconheçam esse massacre oficialmente como genocídio.
Historiadores estimam que até 1,5 milhão de armênios foram mortos por turco-otomanos na época da Primeira Guerra Mundial. Pesquisadores em geral se referem ao caso como o primeiro genocídio do século 20. A Turquia, porém, diz que o número de mortos foi exagerado e que havia uma guerra civil e outros distúrbios.
Na semana passada, o papa Francisco se referiu ao caso como "genocídio", gerando uma resposta furiosa da Turquia, que convocou de volta seu embaixador no Vaticano, em protesto. O Parlamento alemão deve usar o termo genocídio em resolução sobre o tema nesta sexta-feira. Na semana passada, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução para marcar "o centenário do genocídio armênio". Fonte: Associated Press.