Atentados em locais turísticos, como o de junho em uma praia em Sousse, impulsionaram a aprovação da nova lei contra o terrorismo (Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2015 às 12h53.
Túnis - O Parlamento da Tunísia aprovou por unanimidade a nova lei antiterrorismo do país, apesar dos temores de grupos de direitos humanos sobre abusos.
Em uma sessão no fim da noite de sexta-feira, 174 deputados votaram a favor da legislação, contra 10 que se abstiveram-se. Ninguém votou contra.
A lei substitui a legislação anterior, de 2003, e é projetada para facilitar os esforços para combater o terrorismo. O projeto prevê a detenção de suspeitos de terrorismo por 15 dias sem direito a advogado ou contato telefônico, e dá poder à polícia de adotar uma linha mais dura nos interrogatórios. A nova lei conta também com a suspensão da pena de morte, que era vigente desde 1991.
Por outro lado, críticos da lei apontaram que ela dá margem a execuções de suspeitos, além de restringir liberdades.
A proposta já era discutida há anos, mas recebeu impulso depois de dois atentados a locais turísticos no país, como o de janeiro no Museu do Bardo, em Túnis, quando morreram 22 pessoas, e o de junho em uma praia em Sousse, com 38 mortos.