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Tufões espalham partículas radioativas de Fukushima

Cientistas advertiram que tufões que atingem anualmente o Japão ajudam a espalhar o material radioativo liberado no desastre da usina nuclear de Fukushima

Vista aérea da Usina de Fukushima: um grande número de partículas radioativas foi liberado na atmosfera, diz estudo (REUTERS/Kyodo/Files)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 13h17.

Paris - Cientistas advertiram que os tufões que atingem anualmente o Japão estão ajudando a espalhar o material radioativo liberado no desastre da usina nuclear de Fukushima para os cursos d'água do país, advertiram cientistas.

Solo contaminado foi lixiviado por fortes ventos e chuva e depositado em rios e riachos, demonstrou um estudo conjunto realizado pelo Laboratório de Ciência Climática e Ambiental francês (LSCE) e pela Universidade Tsukuba, do Japão.

Um tsunami provocado por um forte terremoto destruiu a usina de Fukushima em março de 2011, provocando o derretimento dos reatores e causando o pior acidente atômico registrado desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Depois do acidente, um grande número de partículas radioativas foi liberado na atmosfera, dispersando partículas de césio que costumam aderir no solo e em sedimentos.

Estudos têm demonstrado que a erosão do solo consegue mover as variedades radioativas de césio 134 e 137 das montanhas ao norte, perto de Fukushima, transportando-as para os rios e dali para o Oceano Pacífico.

"Há uma dispersão definitiva rumo ao oceano", afirmou nesta segunda-feira o pesquisador da LSCE, Olivier Evrard.

Os tufões "contribuem fortemente" para a dispersão do solo, afirmou Evrard, embora só meses depois, após o derretimento da neve do inverno, esta contaminação vá realmente chegar aos rios.


As populações locais que escaparam do vazamento inicial, dois anos e meio atrás, agora poderiam descobrir que sua água e comida estão contaminadas por partículas de césio, uma vez que estas entram nas terras agrícolas e planícies costeiras, afirmaram os cientistas.

No ano passado, os níveis radioativos dos rios japoneses caíram devido à ocorrência de tufões moderados. No entanto, tempestades mais frequentes e intensas em 2013 trouxeram um novo fluxo de partículas de césio.

Segundo Evrard, isto "prova que a fonte da radioatividade não diminuiu a montante".

A Universidade de Tsukuba concluiu uma série de estudos sobre Fukushima em novembro de 2011.

Os cientistas "se concentraram sobretudo na liberação direta de partículas de Fukushima, embora esta seja outra fonte de depósitos radioativos" que precisa ser levado em conta, advertiu Evrard.

As áreas costeiras, onde vivem pescadores ou onde as pessoas tomam banho de mar, correm um risco potencial elevado.

Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas do entorno da usina de Fukushima após o acidente e cidades e vilarejos vizinhos continuam vazios devido ao temor dos moradores de se expor à radiação.

Enquanto isso, o delicado processo de descontaminação do local deve levar décadas.

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Solo contaminado foi lixiviado por fortes ventos e chuva e depositado em rios e riachos, demonstrou um estudo conjunto realizado pelo Laboratório de Ciência Climática e Ambiental francês (LSCE) e pela Universidade Tsukuba, do Japão.

Um tsunami provocado por um forte terremoto destruiu a usina de Fukushima em março de 2011, provocando o derretimento dos reatores e causando o pior acidente atômico registrado desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Depois do acidente, um grande número de partículas radioativas foi liberado na atmosfera, dispersando partículas de césio que costumam aderir no solo e em sedimentos.

Estudos têm demonstrado que a erosão do solo consegue mover as variedades radioativas de césio 134 e 137 das montanhas ao norte, perto de Fukushima, transportando-as para os rios e dali para o Oceano Pacífico.

"Há uma dispersão definitiva rumo ao oceano", afirmou nesta segunda-feira o pesquisador da LSCE, Olivier Evrard.

Os tufões "contribuem fortemente" para a dispersão do solo, afirmou Evrard, embora só meses depois, após o derretimento da neve do inverno, esta contaminação vá realmente chegar aos rios.


As populações locais que escaparam do vazamento inicial, dois anos e meio atrás, agora poderiam descobrir que sua água e comida estão contaminadas por partículas de césio, uma vez que estas entram nas terras agrícolas e planícies costeiras, afirmaram os cientistas.

No ano passado, os níveis radioativos dos rios japoneses caíram devido à ocorrência de tufões moderados. No entanto, tempestades mais frequentes e intensas em 2013 trouxeram um novo fluxo de partículas de césio.

Segundo Evrard, isto "prova que a fonte da radioatividade não diminuiu a montante".

A Universidade de Tsukuba concluiu uma série de estudos sobre Fukushima em novembro de 2011.

Os cientistas "se concentraram sobretudo na liberação direta de partículas de Fukushima, embora esta seja outra fonte de depósitos radioativos" que precisa ser levado em conta, advertiu Evrard.

As áreas costeiras, onde vivem pescadores ou onde as pessoas tomam banho de mar, correm um risco potencial elevado.

Dezenas de milhares de pessoas foram evacuadas do entorno da usina de Fukushima após o acidente e cidades e vilarejos vizinhos continuam vazios devido ao temor dos moradores de se expor à radiação.

Enquanto isso, o delicado processo de descontaminação do local deve levar décadas.

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