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Trump veta presença do "Univisión" em um de seus comícios

O magnata imobiliário e pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano vetou a entrada da equipe do canal hispânico


	O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump: jornalistas não tiveram o acesso permitido por não terem apresentado as credenciais
 (Rick Wilking/Reuters)

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump: jornalistas não tiveram o acesso permitido por não terem apresentado as credenciais (Rick Wilking/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2015 às 22h52.

Washington - O magnata imobiliário e pré-candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, vetou nesta sexta-feira a entrada em um comício seu em Miami, na Flórida, da equipe da emissora hispânica "Univisión", com a qual já teve vários problemas ao longo da campanha por sua retórica anti-imigrante.

A jornalista Lourdes Del Río e sua equipe tentaram se credenciar para cobrir o evento de Trump em Miami, mas, ao não conseguirem, decidiram se apresentar diretamente no Trump National Doral Miami, o complexo de luxo de propriedade do magnata nova-iorquino onde aconteceu o evento.

Ao chegarem ao local, os jornalistas não tiveram o acesso permitido por não terem apresentado as credenciais.

"Liberdade de imprensa? Os jornalistas da 'Univisión' não obtiveram permissão para cobrir o evento de Donald Trump hoje em Doral, na Flórida", se queixou o repórter mais famoso do canal, Jorge Ramos, que já protagonizou há alguns meses uma tensa discussão com o pré-candidato republicano em Iowa.

No dia 25 de agosto, Trump e Ramos se estranharam em uma entrevista coletiva depois que o jornalista perguntou ao pré-candidato sobre suas polêmicas medidas migratórias.

Após a discussão, Trump retirou a palavra do jornalista da "Univisión" e passou a vez das perguntas para outros jornalistas, mas diante da insistência de Ramos, que seguiu de pé e não deixou de perguntar ao pré-candidato, um membro de segurança o acompanhou para fora da sala.

Além disso, no dia 30 de junho, o magnata imobiliário apresentou uma ação exigindo uma reparação de US$ 500 milhões da "Univisión" pelo rompimento "abrupto" de um contrato com a Organização Miss Universo, da qual Trump era dono, e porque o canal se recusou a transmitir o concurso de Miss Estados Unidos por causa das declarações do pré-candidato sobre os imigrantes. 

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