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Um Trump mais “justo e humano”

A língua afiada e as promessas lunáticas colocaram o empresário Donald Trump com chances reais de chegar à Casa Branca. A pouco mais de dois meses das eleições, ele tem 40% das intenções de voto. O problema é que, a pouco mais de dois meses das eleições, ele tem só 40% das intenções de voto […]

ELEITORES ANTI-IMIGRANTES: eles trouxeram Trump até aqui e uma mudança de posicionamento do candidato pode fazê-lo perder sua base mais fiel / Spencer Platt/Getty Images

ELEITORES ANTI-IMIGRANTES: eles trouxeram Trump até aqui e uma mudança de posicionamento do candidato pode fazê-lo perder sua base mais fiel / Spencer Platt/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 21h08.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

A língua afiada e as promessas lunáticas colocaram o empresário Donald Trump com chances reais de chegar à Casa Branca. A pouco mais de dois meses das eleições, ele tem 40% das intenções de voto. O problema é que, a pouco mais de dois meses das eleições, ele tem só 40% das intenções de voto – sete a menos que Hillary Clinton. Para encurtar a distância, ele precisar maneiras o discurso, mas só o suficiente para conquistar novos eleitores sem perder os antigos. Difícil, não? Pois é.

Depois de um compromisso no estado de Washington hoje, ele deve voar para o Arizona, onde já prometeu dar um grande discurso sobre imigração. Na semana passada, Trump falou sobre imigrantes durante uma entrevista ao canal de TV Fox News, quando anunciou uma postura mais “suave” quanto ao tema. “Nós não queremos machucar os imigrantes e as famílias. Queremos gente aqui, temos grandes pessoas neste país”, disse o republicano.

A fala não foi bem recebida pelos eleitores de Trump, que se dizem traídos diante de um dos posicionamentos que era a pedra basal da campanha. Trump, afinal de contas, derrotou 16 candidatos nas primárias repúblicas com promessas de deportação sumária e políticas bastantes restritas sobre imigração. Segundo uma pesquisa do instituto Edison Research realizada em 20 estados após as primárias, em 18 deles mais da metade dos eleitores de Trump eram a favor da deportação de imigrantes ilegais, sem chance de regularização.

A questão põe Trump em uma encruzilhada. Ele não pode perder sua base, mas também não consegue expandir os números sobre os eleitores que não tem o mesmo radicalismo. Sua assessora de campanha, Kellyanne Conway, disse que não há contradição, que o candidato não está falando sobre uma força-tarefa de deportação, mas sobre ser justo e humano. Difícil é convencer qualquer um dos lados sobre esse novo Donald Trump.

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