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Trump: Dizer que Rússia interferiu na eleição dos EUA é ridículo

Presidente eleito dos Estados Unidos não acredita nas conclusões da CIA sobre corrida presidencial do país

Trump: "Acho que é ridículo. É outra desculpa. Não acredito" (Joshua Roberts/Reuters)
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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2016 às 14h46.

O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump afirmou neste domingo que não acredita nas conclusões da agência de inteligência americana (CIA), segundo as quais a Rússia interferiu nas eleições para ajudá-lo a vencê-las.

"Acho que é ridículo. É outra desculpa. Não acredito", declarou o magnata ao canal Fox, que o questionou sobre essa revelação feita pelo jornal The Washington Post.

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"Não sabem se foi a Rússia, a China ou qualquer outro" que hackeou as contas informáticas de organizações políticas durante a campanha presidencial, acrescentou.

Segundo Trump, foram "os democratas que tornaram público porque sofreram uma das maiores derrotas da história política do país".

Indagado se os democratas tentariam enfraquecê-lo com essas revelações, Trump respondeu: "É possível".

Na véspera, o Washington Post afirmou que uma avaliação secreta da CIA determinou que a Rússia interferiu nas eleições americanas com o objetivo de ajudar Trump a conquistar a Casa Branca.

O relatório foi publicado depois que o presidente Barack Obama ordenou uma revisão dos ciberataques que ocorreram durante as recentes eleições, em meio a crescentes pedidos do Congresso por informações sobre a extensão da interferência russa na campanha.

Trump sempre negou as conclusões da comunidade de inteligência americana sobre o envolvimento russo.

"Essas são as mesmas pessoas que disseram que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa", afirmou a equipe de transição de Trump em um comunicado.

"A eleição terminou faz tempo em uma das maiores vitórias da história do Colégio Eleitoral. Agora é hora de ir adiante e fazer os Estados Unidos grandes de novo", acrescentou o texto, usando o slogan da campanha de Trump.

De acordo com oWashington Post, indivíduos conectados com Moscou forneceram ao site WikiLeaks correios eletrônicos hackeados do Comitê Nacional Democrata e do chefe de campanha de Hillary Clinton, entre outros.

"É a avaliação da comunidade de inteligência que o objetivo da Rússia era favorecer um candidato sobre o outro, ajudar Trump a ser eleito", afirmou o jornal, citando um alto funcionário americano. "Esta é a opinião de consenso", acrescentou.

Agentes da CIA disseram aos legisladores que estava "bem claro" que a vitória de Trump era o objetivo da Rússia, de acordo com funcionários que falaram ao Post.

No entanto, algumas perguntas permanecem sem resposta e a avaliação da CIA está longe de ser uma avaliação formal produzida pelas 17 agências de inteligência americanas, destacou o jornal.

Por exemplo, os agentes da inteligência não têm provas concretas de que funcionários russos ordenaram o fornecimento de e-mails ao site WikiLeaks.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sempre negou qualquer vínculo com a Rússia.

Os legisladores democratas, que já foram informados em privado por agentes da Inteligência, sugerem que há algo a mais que a pirataria e que os fatos devem ser tornados públicos.

Divulgados a conta-gotas durante a campanha, o vazamento dos e-mails claramente teve um grande impacto. Também trouxeram à luz detalhes dos discursos pagos de Hillary em Wall Street, algo que a campanha tinha tentado manter em segredo.

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