Trump diz que México pagará por muro "de um jeito ou de outro"
Trump fez o comentário apesar de os governos dos dois países terem definido não voltar a abordar publicamente o tema
AFP
Publicado em 28 de agosto de 2017 às 18h58.
Última atualização em 28 de agosto de 2017 às 19h44.
O presidente americano, Donald Trump , insistiu nesta segunda-feira em que o México pagará pela construção de um muro na fronteira entre os dois países, uma promessa de campanha que ele está lutando para financiar.
"De um jeito ou de outro, o México pagará pelo muro", disse Trump em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Pode ser através de um reembolso", afirmou. "Podemos financiá-lo através dos Estados Unidos, mas no final das contas o México pagará pelo muro".
"O muro é necessário para nossa segurança, o muro é necessário para lutar contra as drogas", ressaltou o mandatário, que voltou a criticar o Nafta, tratado de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México. Segundo ele, este "é um dos piores acordos nunca antes assinado no mundo".
A construção do muro em uma fronteira de 3.142 km foi uma promessa de campanha de Trump, que como candidato garantia que o México pagaria por ele. Mais recentemente, afirmou que os recursos poderiam vir dos Estados Unidos e que o país latino-americano reembolsaria o vizinho do norte de alguma forma.
O presidente republicano pediu no final de semana ao Congresso que encontre uma forma de financiar a construção do muro e nesta segunda-feira apresentou novamente a ideia de que o México "reembolse" os custos da construção.
O México, contudo, reiterou que "não pagará, de nenhuma maneira e sob qualquer circunstância, um muro", informou neste domingo a secretaria de Relações Exteriores.
"Esta determinação não é parte de uma estratégia negociadora mexicana, e sim o princípio de soberania e dignidade nacional", ressaltou a chancelaria mexicana em um comunicado.
Sobre o Nafta, Trump havia advertido no final de semana que se México e Canadá continuarem em posição "difícil" sobre a renegociação do acordo, que terá sua segunda rodada na Cidade do México entre 1º a 5 de setembro, precisará suspender a participação dos Estados Unidos nessas mesas.