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Trump deve anunciar política mais dura para Cuba na próxima sexta

Conforme fontes, o Conselho de Segurança Nacional se reuniu hoje para chegar ao acordo final sobre as propostas que serão enviadas a Trump

Cuba: Trump determinou que sua equipe fizesse uma revisão integral da política de abertura a Cuba (foto/Getty Images)

Cuba: Trump determinou que sua equipe fizesse uma revisão integral da política de abertura a Cuba (foto/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de junho de 2017 às 22h44.

Última atualização em 9 de junho de 2017 às 22h50.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgará na sexta-feira que em Miami uma série de mudanças na política para Cuba que poderiam endurecer as condições para comércio e viagens, informou a rede "ABC" nesta sexta-feira.

A emissora entrevistou funcionários do governo que pediram anonimato e diversas fontes do Congresso e de organizações de ativismo político que têm conhecimento das discussões internas que acontecem na Casa Branca para tentar determinar qual deve ser a política para Cuba.

Conforme essas pessoas, o Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Casa Branca se reuniu hoje para chegar ao acordo final sobre as propostas que serão enviadas a Trump.

Quando chegou ao poder em janeiro, Trump determinou que sua equipe fizesse uma revisão integral da política de abertura a Cuba iniciada em 2014 por seu antecessor, Barack Obama.

Já se sabia que esse processo de revisão estava perto do fim e que o anúncio seria em Miami, mas até agora não havia a informação de quando as alterações seriam comunicadas.

É provável que o anúncio seja feito em um discurso "em estilo de comício de campanha", uma espécie de aceno ao setor anti-Castro que mais pressionou sobre o tema, segundo disseram à Efe duas fontes próximas ao processo no final de maio.

Entre as mudanças ventiladas estão a proibição de empresas americanas para negociar com entidades que estejam vinculadas às Forças Armadas Revolucionárias de Cuba e a possibilidade de impor mais restrições às viagens à ilha.

Também é provável que Trump anule a diretriz presidencial que Obama emitiu em 2016 com o objetivo de reforçar sua política, e que servia como guia para o governo ter clara a responsabilidade de cada agência na nova relação com Cuba.

Ainda que Trump não se esteja considerando romper relações nem fechar a embaixada no país, as modificações pensadas estão longe de ser meramente simbólicas, de acordo com as fontes ouvidas pela Efe no final de maio.

Uma delas poderia impactar o turismo, um dos setores que mais se beneficiaram do restabelecimento das relações entre os dois países.

Apesar do turismo americano em Cuba não ser permitido, Obama relaxou as restrições de viagem aos seus cidadãos ao permitir que eles preenchessem uma "auto declaração" de que eram participantes de uma visita educativa, cultural ou de outro tipo à ilha, categorias legais.

Agora, a intenção de Trump é, pelo menos, reforçar os controles de imigração para que quem volte da ilha comprove efetivamente a intenção da viagem, segundo disse à Efe John Kavulich, presidente do Conselho Comercial e Econômico EUA-Cuba, um grupo de empresas americanas que quer comercializar com a ilha.

Outra opção seria eliminar a "auto declaração" e obrigar os americanos a solicitar uma licença específica para viajar, o que poderia desestimular os viajantes e dificultar o negócio das companhias aéreas e de cruzeiros americanos que iniciaram trajetos regulares à ilha.

O debate está tendo uma influência clara dois legisladores republicanos de origem cubana, o senador Marco Rubio e o congressista Mario Díaz-Balart, que há meses pressionaram para moldar os possíveis câmbios da política.

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