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Trump classifica a agência de notícias Associated Press como 'organização de esquerda radical'

Presidente americano decidiu pelo boicote, porque a AP se recusou a chamar o Golfo do México como 'Golfo da América', conforme decretou o magnata

Agência o Globo
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Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 07h18.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 07h20.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nessa quinta-feira a Associated Press (AP) de "organização de esquerda radical", em um novo ataque contra a agência de notícias norte-americana por sua recusa em mudar o nome do Golfo do México, conforme decretado pelo magnata.

Em seu primeiro mês após retornar à Casa Branca, Trump rebatizou a região como "Golfo da América" e, diante da decisão editorial da AP, restringiu o acesso de seus jornalistas ao avião presidencial Air Force One e ao Salão Oval da Casa Branca até que cumpram sua ordem.

"Temos um problema com uma organização de notícias, a AP, uma organização de esquerda radical", eles nos tratam muito mal – e se recusam a reconhecer que o golfo antes chamado do México agora se chama golfo da América - disse o magnata durante um evento da Associação de Governadores Republicanos em Washington.

"Agora os mantemos fora de qualquer coletiva de imprensa. Tenho certeza de que vão nos processar, e talvez ganhem. Não importa. É algo que nos preocupa muito", afirmou, sem esclarecer a que ação legal se referia.

A Associated Press, com 180 anos de história, é considerada um pilar do jornalismo norte-americano e fornece notícias para jornais, emissoras de televisão e rádio em todo o país.

Em uma nota de estilo publicada no mês passado, a AP destacou que "o Golfo do México tem esse nome há mais de 400 anos" e ressaltou que a ordem executiva de Trump "tem autoridade apenas dentro dos Estados Unidos".

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