Exame Logo

Tropas sírias invadem Latakia e deixam um morto

Pelo menos uma pessoa morreu no confronto entre manifestantes e o exército

Militares combatem manifestações pedindo a queda do regime do presidente Bashar al Assad (Reprodução/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2011 às 12h18.

Damasco, Síria - Tropas sírias invadiram o porto da cidade de Latakia e lançaram muitos tiros neste sábado, matando pelo menos uma pessoa, afirmaram ativistas, enquanto o maior grupo muçulmano do mundo ofereceu sua mediação no conflito.

"Uma pessoa foi morta no distrito de Ramleh", afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, acrescentando que tiros sacudiram a região de Latakia. "Linhas telefônicas e internet foram cortadas".

O grupo disse mais cedo que veículos militares, incluindo tanques e veículos blindados para transporte de tropas, se dirigiram para Ramleh durante uma "grande manifestação pedindo a queda do regime do presidente (Bashar al) Assad".

O Observatório afirmou que a chegada das tropas provocou o êxodo de um grande número de moradores, principalmente de mulheres e crianças. Ele também relatou uma "onda de prisões" em Latakia na quinta-feira.

Um ativista na região central de Homs afirmou que os soldados, apoiados por dois tanques, entraram na cidade de Jussiyeh, que faz fronteira com o Líbano, provocando uma debandada através da fronteira e para as áreas vizinhas.

Veículos militares, por sua vez, invadiram a cidade de Qusayr, também na província de Homs, onde forças de segurança e serviços de inteligência realizaram prisões.


"Ninguém foi poupado. Nem mesmo as mulheres ou crianças", disse o Observatório. "Dez caminhões militares, sete veículos de segurança e 15 ônibus cheios de miliantes pró-regime entraram destas cidades".

As forças de segurança, apoiadas por tanques, têm tentado esmagar a dissidência de cidade em cidade desde o início dos protestos pró-democracia, em meados de março. O Observatório ressalta que 2.150 pessoas foram mortas desde então - 1.744 civis e 406 membros das forças de segurança.

Ativistas afirmaram que ao menos 19 pessoas foram mortas na sexta-feira, quando forças de segurança abriram fogo contra milhares de manifestantes antiregime que se reuniram em "cidades estopim" após as orações semanais, atualizando os balanços anteriores.

Já a televisão estatal informou que "dois agentes de segurança foram mortos a tiros por homens armados em Douma", um subúrbio da capital.

O líder da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, pediu neste sábado que "a liderança síria exerça a máxima moderação através de cessação imediata do uso da força para reprimir as manifestações do povo", afirmou o maior grupo pan-islâmico do mundo.

Ihsanoglu "manifestou a disponibilidade da Organização de Cooperação Islâmica de desempenhar um papel neste sentido, já que acredita que o diálogo é a única opção segura através do qual esta crise devastadora possa ser contida".

O Conselho de Segurança da ONU realizará na próxima quinta-feira uma reunião especial para discutir os direitos humanos e a emergência humanitária na Síria, afirmaram diplomatas das Nações Unidas.

Veja também

Damasco, Síria - Tropas sírias invadiram o porto da cidade de Latakia e lançaram muitos tiros neste sábado, matando pelo menos uma pessoa, afirmaram ativistas, enquanto o maior grupo muçulmano do mundo ofereceu sua mediação no conflito.

"Uma pessoa foi morta no distrito de Ramleh", afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, acrescentando que tiros sacudiram a região de Latakia. "Linhas telefônicas e internet foram cortadas".

O grupo disse mais cedo que veículos militares, incluindo tanques e veículos blindados para transporte de tropas, se dirigiram para Ramleh durante uma "grande manifestação pedindo a queda do regime do presidente (Bashar al) Assad".

O Observatório afirmou que a chegada das tropas provocou o êxodo de um grande número de moradores, principalmente de mulheres e crianças. Ele também relatou uma "onda de prisões" em Latakia na quinta-feira.

Um ativista na região central de Homs afirmou que os soldados, apoiados por dois tanques, entraram na cidade de Jussiyeh, que faz fronteira com o Líbano, provocando uma debandada através da fronteira e para as áreas vizinhas.

Veículos militares, por sua vez, invadiram a cidade de Qusayr, também na província de Homs, onde forças de segurança e serviços de inteligência realizaram prisões.


"Ninguém foi poupado. Nem mesmo as mulheres ou crianças", disse o Observatório. "Dez caminhões militares, sete veículos de segurança e 15 ônibus cheios de miliantes pró-regime entraram destas cidades".

As forças de segurança, apoiadas por tanques, têm tentado esmagar a dissidência de cidade em cidade desde o início dos protestos pró-democracia, em meados de março. O Observatório ressalta que 2.150 pessoas foram mortas desde então - 1.744 civis e 406 membros das forças de segurança.

Ativistas afirmaram que ao menos 19 pessoas foram mortas na sexta-feira, quando forças de segurança abriram fogo contra milhares de manifestantes antiregime que se reuniram em "cidades estopim" após as orações semanais, atualizando os balanços anteriores.

Já a televisão estatal informou que "dois agentes de segurança foram mortos a tiros por homens armados em Douma", um subúrbio da capital.

O líder da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), Ekmeleddin Ihsanoglu, pediu neste sábado que "a liderança síria exerça a máxima moderação através de cessação imediata do uso da força para reprimir as manifestações do povo", afirmou o maior grupo pan-islâmico do mundo.

Ihsanoglu "manifestou a disponibilidade da Organização de Cooperação Islâmica de desempenhar um papel neste sentido, já que acredita que o diálogo é a única opção segura através do qual esta crise devastadora possa ser contida".

O Conselho de Segurança da ONU realizará na próxima quinta-feira uma reunião especial para discutir os direitos humanos e a emergência humanitária na Síria, afirmaram diplomatas das Nações Unidas.

Acompanhe tudo sobre:MuçulmanosOriente MédioSíria

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame