Premiê egípcio, Hisham Kandil: Mursi nomeou Kandil em julho de 2012, após o político da Irmandade Muçulmana vencer a primeira eleição presidencial livre do Egito (Denis Balibouse/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 09h42.
Cairo - Um tribunal egípcio manteve nesta segunda-feira uma sentença de um ano de prisão contra o ex-primeiro-ministro Hisham Kandil, chefe de governo do presidente deposto Mohamed Mursi.
Kandil foi condenado em abril, antes da deposição de Mursi em 3 de julho, acusado de falhar em cumprir uma ordem judicial para reestatizar uma companhia têxtil privatizada pela administração do autocrata Hosni Mubarak. O juiz Khaled Hassan disse que a sentença de prisão deve ser cumprida.
Mursi nomeou Kandil em julho de 2012, após o político da Irmandade Muçulmana vencer a primeira eleição presidencial livre do Egito. Mursi foi deposto pelo Exército em 3 de julho, em sequência a grandes protestos contra seu governo. Ele se encontra preso, acusado de crimes como incitação ao homicídio de manifestantes.
A condenação contra Kandil se refere a uma decisão judicial de 2011, ordenando a recompra pelo governo de uma companhia têxtil comprada por um investidor da Arábia Saudita em 2005.
Autoridades no governo Kandil disseram que a reestatização de empresas não poderia ser imediata e que a empresa se encontrava falida desde que foi vendida ao investidor estrangeiro.