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Transtornos prosseguem em Hong Kong em 11º dia de protestos

Cidadãos de Hong Kong continuam sofrendo com os transtornos gerados por protestos pró-democracia, apesar de o volume de manifestantes ter diminuido

Policial dá instruções a pessoas para prevenir confrontos durante protesto em Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)

Policial dá instruções a pessoas para prevenir confrontos durante protesto em Hong Kong (Bobby Yip/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 10h39.

Hong Kong - Os cidadãos de Hong Kong continuam sofrendo nesta quarta-feira com os transtornos gerados pelos protestos pró-democracia, com centenas de lojas fechadas e longos engarrafamentos nas estradas, apesar de o volume de manifestantes seguir diminuindo, à espera que o diálogo entre os estudantes e o governo, previsto para a sexta-feira, leve ao fim das mobilizações.

Algumas centenas de manifestantes amanheceram hoje nas ruas de Hong Kong. No entanto, ao longo do dia, as três áreas tomadas pelos estudantes atraíram mais simpatizantes, especialmente no bairro de Mong Kok, considerada uma das aéreas urbanas de maior densidade populacional do mundo.

"Estamos cansados, são muitos dias, mas não podemos ir embora. É a nossa grande oportunidade para fazer com que a China nos ouça e, sobretudo, para que nosso governo nos escute e leve nossa mensagem a Pequim", explicou Hesler Chow, um investidor que vive no bairro.

No início da manhã, havia cerca 300 manifestantes em Admiralty, distrito onde ficam os edifícios governamentais que permanecem protegidos por cercas.

No 11º dia de protestos, as creches e escolas da região central e oeste da cidade continuam fechadas, o parlamento de Hong Kong continua sem sessões e as interdições nas principais vias da cidade seguem afetando intensamente o trânsito de uma cidade já congestionada.

Comerciantes das áreas tomadas por manifestantes uniram suas forças para exigir às autoridades e manifestantes que abram as ruas e lhes permitam voltar ao trabalho normal.

As queixas ganham mais peso já que a semana passada foi a "semana dourada", um feriado de sete dias na parte continental da China, cujos cidadãos aproveitam para ir a Hong Kong para fazer compras, mas que este ano foi afetado pela repentina revolta civil.

Os bairros de Causeway Bay e Mong Kok, com grande atividade comercial, são onde a polêmica é maior, depois dos violentos confrontos entre manifestantes e opositores no fim de semana passado, nos quais houve vários feridos e detidos.

"Não posso entendê-los, sabem que não vão conseguir nada e afirmam que protestam pelo bem dos cidadãos, mas isso não é correto, perdi mais de 70% da clientela de meu restaurante nos últimos dez dias. Para mim, essas manifestações não trazem nenhum bem", declarou o dono de um estabelecimento de comida chinesa em Causeway Bay.

Nos últimos dias, os manifestantes respondem aos que os recriminam por sua ocupação popular cantando "parabéns pra você".

"Funciona muito bem para acalmar os ânimos de ambas as partes de forma pacífica". "Eles ficam tão desconcertados que acabam indo embora", explicou para a Agência Efe Hellen Wong, uma administradora que participa dos protestos em Causeway Bay.

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