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Tortura não foi essencial para capturar Bin Laden, diz CIA

O ex-chefe das operações da CIA durante os anos da guerra contra o terrorismo assegura que o filme "A Hora Mais Escura" não é rigoroso sobre a captura de Osama

Bin Laden: o veterano da CIA nega que os chamados "interrogatórios forçados", que ajudou a criar e administrou, possam ser considerados tortura (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 12h55.

Washington - O ex-chefe das operações da CIA durante os anos da guerra contra o terrorismo negou nesta segunda-feira em uma coluna de opinião no "Washington Post" que a tortura tenha sido essencial na caça a Osama bin Laden .

José Rodríguez, um veterano com 31 anos na Agência Central Inteligência, chefe do centro de contraterrorismo da CIA de 2002 a 2004 e diretor das operações clandestinas até 2007, assegura que o filme "A Hora Mais Escura", que mostra os segredos da captura de Bin Laden, não é rigoroso.

Na sua opinião, o filme, dirigido por Kathryn Bigelow, "vincula incorretamente o sucesso de Inteligência com a tortura e caracteriza mal como se tratou os inimigos dos EUA na guerra contra o terrorismo".

Rodríguez nega que os chamados "interrogatórios forçados", que ajudou a criar e administrou, possam ser considerados tortura e assegurou que deixou a CIA em 2007 com a certeza de que "o programa funcionou".

O ex-agente assegura que nesses interrogatórios, que supervisionou entre 2002 e 2007, ninguém foi golpeado ou acabou ensanguentado, e que para dar uma bofetada em um detido era necessária autorização expressa de Washington.

De seu ponto de vista, o filme, que se estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos, faz uso de imagens que foram vistas nas fotos da prisão de Abu Ghraib no Iraque, mas não são próprias dos interrogatórios aos suspeitos de terrorismo, criticando que se dá a impressão de que esses tratamentos duraram anos.

Rodríguez reconhece o uso do afogamento simulado para obter informação de detidos, mas assegura que essa técnica só foi utilizada com os "piores terroristas do planeta" como Abu Zubaida, Khalid Sheikh Mohamed e Al-Nashiri.

O ex-agente da CIA descreve como aos detidos era oferecida a possibilidade de cooperar e se não o faziam e se considerava que ocultavam informação importante, se pedia autorização para medidas como o afogamento simulado e a privação do sono.

"Muitos americanos pensarão que o afogamento simulado foi detido com a chegada de Obama em 2009, mas poucos sabem que a técnica deixou de ser usada em 2003", assegura Rodríguez.

Bin Laden morreu em maio de 2011 durante uma operação das forças especiais contra o esconderijo do líder da Al Qaeda no Paquistão, fruto de longos anos de investigação para descobrir seu paradeiro. EFE

jmr/ma

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Washington - O ex-chefe das operações da CIA durante os anos da guerra contra o terrorismo negou nesta segunda-feira em uma coluna de opinião no "Washington Post" que a tortura tenha sido essencial na caça a Osama bin Laden .

José Rodríguez, um veterano com 31 anos na Agência Central Inteligência, chefe do centro de contraterrorismo da CIA de 2002 a 2004 e diretor das operações clandestinas até 2007, assegura que o filme "A Hora Mais Escura", que mostra os segredos da captura de Bin Laden, não é rigoroso.

Na sua opinião, o filme, dirigido por Kathryn Bigelow, "vincula incorretamente o sucesso de Inteligência com a tortura e caracteriza mal como se tratou os inimigos dos EUA na guerra contra o terrorismo".

Rodríguez nega que os chamados "interrogatórios forçados", que ajudou a criar e administrou, possam ser considerados tortura e assegurou que deixou a CIA em 2007 com a certeza de que "o programa funcionou".

O ex-agente assegura que nesses interrogatórios, que supervisionou entre 2002 e 2007, ninguém foi golpeado ou acabou ensanguentado, e que para dar uma bofetada em um detido era necessária autorização expressa de Washington.

De seu ponto de vista, o filme, que se estreia nesta sexta-feira nos Estados Unidos, faz uso de imagens que foram vistas nas fotos da prisão de Abu Ghraib no Iraque, mas não são próprias dos interrogatórios aos suspeitos de terrorismo, criticando que se dá a impressão de que esses tratamentos duraram anos.

Rodríguez reconhece o uso do afogamento simulado para obter informação de detidos, mas assegura que essa técnica só foi utilizada com os "piores terroristas do planeta" como Abu Zubaida, Khalid Sheikh Mohamed e Al-Nashiri.

O ex-agente da CIA descreve como aos detidos era oferecida a possibilidade de cooperar e se não o faziam e se considerava que ocultavam informação importante, se pedia autorização para medidas como o afogamento simulado e a privação do sono.

"Muitos americanos pensarão que o afogamento simulado foi detido com a chegada de Obama em 2009, mas poucos sabem que a técnica deixou de ser usada em 2003", assegura Rodríguez.

Bin Laden morreu em maio de 2011 durante uma operação das forças especiais contra o esconderijo do líder da Al Qaeda no Paquistão, fruto de longos anos de investigação para descobrir seu paradeiro. EFE

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