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Todos contra Trump; o muro argentino…

Ataque no Canadá A polícia canadense continua as investigações do atentado terrorista a uma mesquita na cidade de Quebec, na noite de ontem, deixando seis mortos e pelo menos oito feridos. Inicialmente, a polícia atribuiu o atentado a dois suspeitos, mas um deles foi considerado somente testemunha nesta segunda-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, […]

PROTESTO: em Londres, manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira contra a política imigratória de Trump / Stefan Wermuth/Reuters

PROTESTO: em Londres, manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira contra a política imigratória de Trump / Stefan Wermuth/Reuters

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 17h46.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h02.

Ataque no Canadá
A polícia canadense continua as investigações do atentado terrorista a uma mesquita na cidade de Quebec, na noite de ontem, deixando seis mortos e pelo menos oito feridos. Inicialmente, a polícia atribuiu o atentado a dois suspeitos, mas um deles foi considerado somente testemunha nesta segunda-feira. Segundo a agência de notícias Reuters, o atirador é um estudante universitário franco-canadense chamado Alexandre Bissonnette, de 27 anos, que já se encontra detido. Ainda faltam esclarecimentos sobre os motivos do ataque. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou o ataque e o classificou como um “ato de terrorismo a um centro de religião e refúgio”.

O muro continua
A tormenta sobre o muro que o presidente dos Estados Unidos quer construir na fronteira com o México continuou nesta semana após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressar apoio ao plano de Trump. Netanyahu tuitou em apoio ao muro no sábado à noite, inclusive dizendo que o muro que construiu na fronteira com o Egito impediu a imigração ilegal vinda da África. O apoio do israelense não foi bem-visto pelos mexicanos, que responderam nesta segunda-feira por meio de um comunicado do ministro de Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, que afirma estar “surpreso e desapontado”. A população judaica no país também cobra esclarecimentos de Netanyahu. “Creio que um pedido de desculpas seria apropriado nesse caso”, disse Videgaray a uma rede de TV mexicana.

Reação a Trump
Diplomatas americanos espalhados por embaixadas de todo o mundo assinaram um memorando contra a política de imigração do presidente Donald Trump, que tem bloqueado a entrada de refugiados nos Estados Unidos e o trânsito de pessoas de sete países, a maioria de religiões islâmicas. Ao todo, as portas se fecham para mais de 200 milhões de pessoas que vêm de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. A política tem sido acusada de “islamofóbica”. Líderes do mundo inteiro também se pronunciaram contra a medida, como o prefeito de Londres, Sadiq Khan, os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido e da França, o primeiro-ministro da Turquia e a chanceler alemã, Angela Merkel, que afirmou que a política contraria os princípios de apoio internacional a refugiados.

Duterte pisa no freio?
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ordenou a dissolução das unidades antidrogas após o assassinato de um empresário sul-coreano. Duterte afirmou estar “desapontado” com o abuso de autoridade dos oficiais de polícia e disse que vai mudar a forma de condução das operações. O empresário Jee Ick-joo foi preso no dia 18 de outubro e posteriormente morto por estrangulamento dentro da sede de operações da Polícia Nacional em Manila. Após a morte de Jee, os policiais tentaram extorquir Choi Kyung-jin, esposa do sul-coreano. Duterte afirmou que o crime foi cometido por policiais desonestos e que vai indenizar a família. O caso adicionou ainda mais críticas à violenta política antidrogas do presidente filipino, que prometeu levar sua política até o fim do mandato de 6 anos. Até agora mais de 2.000 pessoas já foram mortas somente pela polícia e mais de 5.000 por vigilantes. Duterte assumiu o governo em junho do ano passado.

Macri anti-imigração
O presidente argentino, Mauricio Macri, assinou um decreto que modifica a legislação migratória da Argentina, impondo mais barreiras à entrada de imigrantes no país. O intuito de Macri é dificultar a entrada de imigrantes com antecedentes criminais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico, como Peru, Paraguai, Bolívia e México. A medida e a linguagem utilizada pelo presidente no anúncio foram consideradas semelhantes às do americano Donald Trump. “Nossa prioridade é cuidar dos argentinos, precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira”, disse Macri. O decreto define um aumento do investimento na infraestrutura das fronteiras e na renovação da tecnologia na base de cadastro de imigrantes. A medida foi, estranhamente, apoiada por opositores do governo Macri, incluindo kirchneristas e peronistas.

Trump contra a Europa?
Para o negociador do Brexit no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, o presidente americano, Donald Trump, está trabalhando para acabar com a União Europeia, incentivando o nacionalismo em alguns países. Ele e seu estrategista-chefe, Steve Bannon, estariam estimulando a organização de referendos na Alemanha e na França, países que têm eleições gerais neste ano e nos quais têm avançado os partidos de extrema direita. A fala ocorreu num evento da think-tank Chatham House, em Londres, e Trump foi sinalizado como a terceira ameaça à Europa, juntamente com o presidente russo, Vladimir Putin, e o extremismo islâmico.

Sony fora do cinema
O conglomerado de mídia Sony anunciou, nesta segunda-feira, que vai colocar 1 bilhão de dólares em negócios do ramo cinematográfico depois de analisar a futura rentabilidade de suas operações. A decisão foi tomada duas semanas após o diretor executivo da Sony Entertainment, Michael Lynton, ser demitido. Ele estava à frente do braço de entretenimento da empresa há 13 anos. Lançamentos como os filmes Os Caça-Fantasmas e Angry Birds deram prejuízo e a Sony já havia avisado, em junho do ano passado, que a divisão de cinema corria o risco de registrar mais perdas com outros títulos.

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