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Tiroteios revelam algo "doentio" nos EUA, diz Sessions

Segundo procurador-geral Jeff Sessions, "devemos estudar a interação entre a saúde mental e esses incidentes"

Tiroteio na Flórida: atirador Nikolas Cruz foi expulso da escola no ano passado após uma briga com o novo companheiro de sua ex-namorada (Zachary Fagenson/Reuters)

Tiroteio na Flórida: atirador Nikolas Cruz foi expulso da escola no ano passado após uma briga com o novo companheiro de sua ex-namorada (Zachary Fagenson/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 14h45.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2018 às 15h10.

Washington - O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, reconheceu nesta quinta-feira que "algo perigoso e doentio" ocorre em seu país com os tiroteios e prometeu tomar medidas para que as pessoas com problemas mentais não possam realizar massacres como o ocorrido ontem em Parkland, na Flórida, que resultou na morte de 17 pessoas.

"Não se pode negar que algo perigoso e doentio está acontecendo em nosso país", disse Sessions em um discurso durante uma reunião com os xerifes dos EUA realizada em Washington.

O titular de Justiça repercutiu as declarações feitas hoje pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter, que assegurou que o suspeito do ataque, identificado como Nikolas Cruz, estava desequilibrado mentalmente.

"Devemos estudar a interação entre a saúde mental e esses incidentes, para parar as pessoas antes que cometam esses crimes. Muitas vezes elas deram sinais, e devemos estar de acordo que, em muitos casos, não fomos eficazes em intervir", afirmou Sessions.

"Temos que reverter as tendências que estamos vendo nesses tiroteios", acrescentou o procurador-geral.

O suposto autor do ataque, Nikolas Cruz, deu entrada na manhã de hoje na prisão do condado de Broward, na cidade vizinha de Fort Lauderdale, após ser indiciado por 17 acusações de assassinato premeditado e depois de passar por um interrogatório de várias horas.

A investigação indica que o jovem, que foi expulso da escola no ano passado após uma briga com o novo companheiro de sua ex-namorada, ativou os alertas de incêndio com granadas de fumaça e, quando seus ex-colegas saíram das salas, começou a disparar com uma arma semiautomática.

O massacre de Parkland, que também deixou 15 feridos, foi o 17º incidente envolvendo armas em centros educativos americanos neste ano de 2018, ou seja, em 45 dias.

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