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Tillerson, um anfitrião polêmico

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, recebe hoje 68 ministros de Relações Exteriores e líderes internacionais na primeira reunião completa da Coalizão Global para discutir o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico. É a primeira vez que o grupo se reúne em sua totalidade desde dezembro de 2014, ano em que foi fundado. […]

REX TILLERSON: secretário recebe hoje em Washington os membros da Coalizão Global para discutir o combate ao Estado Islâmico / Mark Wilson/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2017 às 06h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, recebe hoje 68 ministros de Relações Exteriores e líderes internacionais na primeira reunião completa da Coalizão Global para discutir o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico. É a primeira vez que o grupo se reúne em sua totalidade desde dezembro de 2014, ano em que foi fundado. Estarão presentes países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), inclusive o presidente, Jens Stoltenberg.

Em nota, o porta-voz do departamento de Estado afirmou que a reunião é importante no atual momento do combate ao Estado Islâmico e que deve discutir as prioridades da Coalizão para combater o grupo em termos militares, financiamentos de operações anti-terror e contra-inteligência. Adicionalmente, deve ser discutida também a crise humanitária na Síria e no Iraque, além das implicações do problema dos refugiados em todo o Oriente Médio.

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Apesar do alinhamento entre os membros e do interesse comum em acabar com a ameaça terrorista, nem tudo são flores nos bastidores do evento. Segundo oficiais norte-americanos afirmaram recentemente, Tillerson pretende pular uma reunião com todos os membros da Otan que aconteceria no início de abril para permanecer em casa e receber o presidente chinês, Xi Jinping. No final do mês, ele irá à Rússia, onde se reúne com o presidente Vladimir Putin — um problema aos olhos da Otan, já que o recente expansionismo russo é uma das principais preocupações da organização.

Deixar de lado a reunião da Otan foi lido como uma decisão do governo de Donald Trump de preterir a Otan e países menores em detrimento de relações bilaterais. As relações de Trump e Tillerson com a Rússia, claro, ficam ainda mais confusas em meio à decisão, principalmente porque o presidente já afirmou que a Otan é uma organização “obsoleta”. A reunião de hoje já estava marcada antes da decisão de boicotar a Otan, mas o tema tende a tirar o foco das discussões em Washington.

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