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Tillerson na Rússia; volta da Otan?…

Mais um veto russo A Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que almejava impor sanções à Síria pelo ataque com armas químicas contra civis na semana passada. O objetivo do Conselho era pressionar o governo do presidente Bashar al-Assad a cooperar com as investigações sobre o caso. Nos seis anos e […]

TILLERSON EM MOSCOU: secretário de Estado americano conversou com a Rússia sobre a guerra síria / Sergei Karpukhin/Reuters

TILLERSON EM MOSCOU: secretário de Estado americano conversou com a Rússia sobre a guerra síria / Sergei Karpukhin/Reuters

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2017 às 18h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.

Mais um veto russo

A Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que almejava impor sanções à Síria pelo ataque com armas químicas contra civis na semana passada. O objetivo do Conselho era pressionar o governo do presidente Bashar al-Assad a cooperar com as investigações sobre o caso. Nos seis anos e meio de guerra, é a oitava vez que a Rússia veta sanções contra Assad. A China, que já havia vetado sanções anti-Assad seis vezes, se absteve.

Tillerson e Putin

O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, foi a Moscou para um encontro com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e com o presidente Vladimir Putin. Putin — que não confirmou durante a semana se encontraria ou não Tillerson — disse que a confiança entre Estados Unidos e Rússia foi “deteriorada” no governo do presidente americano, Donald Trump. Tillerson, por sua vez, afirmou que a Rússia tem “os melhores meios de ajudar Assad a reconhecer” a brutalidade da guerra. Um grupo também será criado na tentativa de melhorar os conflitos entre americanos e russos. Numa coletiva na Casa Branca, Trump disse que a reunião foi melhor do que o esperado.

O retorno da Otan

Diante das crescentes ameaças russas, o presidente Donald Trump mudou de ideia quanto à Otan, aliança militar do Ocidente. Ao receber na Casa Branca o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, o americano afirmou que a Otan “não é mais obsoleta” porque agora “está combatendo o terrorismo”. Na terça-feira, Trump já havia aprovado a adesão de Montenegro como 29º país da Otan, num claro sinal de desafio à Rússia. O presidente americano disse ainda que considera “improvável” que os russos não soubessem com antecedência sobre o ataque químico de Assad. “Eu gosto de pensar que eles não sabiam. Mas podem ter sabido. Eles estavam lá”, disse.

Pró-intervenção

A postura incisiva parece ter funcionado bem para Trump: uma pesquisa divulgada pela Morning Consult nesta quarta-feira mostra que 66% dos americanos concordaram com a ação militar contra bases de Assad na semana passada, e 63% acreditam que os Estados Unidos devem fazer mais para acabar com o conflito. Em 2013, apenas 36% dos americanos apoiavam alguma ação na Síria.

Ônibus do Dortmund: terrorismo?

A polícia alemã prendeu um iraquiano de 25 anos suspeito de ter causado as três explosões no ônibus do time de futebol Borussia Dortmund na terça-feira 11. Outro suspeito, um alemão de 28 anos, também é procurado. As autoridades afirmam que eles são “simpatizantes” do grupo terrorista Estado Islâmico. Os estilhaços das explosões feriram levemente o zagueiro Marc Bartra, mas o jogador já recebeu alta. A equipe do Dortmund estava a 10 quilômetros de seu estádio, onde disputaria uma partida da Liga dos Campeões da Europa contra os franceses do Monaco — a partida foi adiada para esta quarta-feira, com derrota do Dortmund por 3×2.

Tudo embolado na França

A dez dias do primeiro turno das eleições francesas, que será em 23 de abril, a ascensão do candidato de extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon, embolou as pesquisas de intenções de voto. O candidato ganhou 7 pontos percentuais nas últimas semanas e agora aparece praticamente empatado em terceiro lugar com o conservador François Fillon — ambos com cerca de 18% dos votos. Pesquisas divulgadas nesta semana também mostram o centrista Emmanuel Macron e a ultradireitista Marine Le Pen tecnicamente empatados, com cerca de 23% dos votos.

Reembolso da United

A companhia aérea United Airlines vai reembolsar todos que estavam no voo em que um dos passageiros foi arrastado para fora após se recusar a deixar a aeronave superlotada. Não foi divulgado se o reembolso será feito em dinheiro ou em milhas. O caso gerou polêmica nas redes sociais, fez a empresa perder 1 bilhão de dólares em valor de mercado na bolsa e levou o presidente Oscar Munoz a prometer revisar as políticas de overbooking. Em 2016, mais de 60.000 passageiros foram impedidos de embarcar na United por esse motivo.

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