Mundo

Teerã nega ter feito concessões no tema nuclear

Chancelaria iraniana ameaçou processar deputado conservador Alireza Zakani por declarar que acordo violando "linhas vermelhas" fixadas por Teerã foi concluído

Usina nuclear no Irã: acusações foram rejeitadas pelo Ministério das Relações Exteriores (AFP)

Usina nuclear no Irã: acusações foram rejeitadas pelo Ministério das Relações Exteriores (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 20h35.

O governo iraniano se viu obrigado a negar, nesta terça-feira, que tenha alcançado um acordo com as grandes potências sobre o tema nuclear, depois que um deputado conservador acusou os negociadores iranianos de fazer, em segredo, importantes concessões.

A Chancelaria iraniana ameaçou processar o deputado conservador Alireza Zakani por declarar que um acordo violando as "linhas vermelhas" fixadas por Teerã foi concluído.

Zakani não apresentou provas para apoiar suas acusações, que foram taxativamente rejeitadas pelo Ministério iraniano das Relações Exteriores.

"A equipe negociadora está consciente das linhas vermelhas e é cuidadosa ao aderir a elas", declarou a porta-voz do Ministério, Marzief Afkham.

Essa polêmica reflete as tensões internas que cercam as negociações entre a República islâmica e os países do chamado "5+1", grupo formado por China, EUA, França, Grã-Bretanha e Alemanha, sobre seu programa nuclear.

O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, reafirmou, recentemente, que o Irã tem "linhas vermelhas" que não serão ultrapassadas nessas negociações.

As partes voltaram à mesa para conversar em 15 de outubro, em Viena.

No final de setembro, Teerã e as grandes potências admitiram que continuam longe de conseguir um acordo definitivo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaIrã - PaísNegociaçõesTestes nucleares

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame