Talibãs protagonizam fuga espetacular de prisão de Kandahar
Túnel de centenas de metros de comprimento foi cavado entre ala sul da prisão e o interior
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2011 às 12h37.
Cabul - Mais de 470 detentos, em sua maioria talibãs, fugiram na madrugada desta segunda-feira da penitenciária de Kandahar por um túnel de 300 metros de comprimento que os insurgentes cavaram durante cinco meses.
"Um túnel de centenas de metros foi cavado entre a ala sul da prisão e o interior, e 476 'presos políticos' fugiram", declarou o general à AFP o diretor da prisão, general Ghulam Dastageer Mayar.
A fuga representa um novo golpe contra o governo do presidente Hamid Karzai e as forças da Otan, que nos últimos dois anos intensificaram as operações militares nesta região do sul afegão, reduto dos talibãs e área vital para estabilizar o país.
O porta-voz de Karzai, Waheed Omar, classificou a fuga de "desastre" e algo que "não deveria ter acontecido".
"Agora que isto aconteceu, estamos tentando descobrir o que ocorreu exatamente e o que temos que fazer para reparar o desastre que aconteceu em Kandahar", completou Omar.
O governador da província de Kandahar, Tooryalai Wesa, confirmou em um comunicado que 474 "prisioneiros políticos" e um criminoso fugiram pelo túnel, cavado durante vários meses.
As autoridades designam como "presos políticos" os supostos talibãs que não foram detidos no campo de batalha.
Um porta-voz talibã, Yusuf Ahmadi, reivindicou a fuga e afirmou que os presos cavaram um túnel de 360 metros e direção ao sul.
"Começaram a sair às 23H00 de domingo e na manhã desta segunda-feira 541 presos haviam fugido", declarou à AFP.
"Há 106 presos políticos e os demais são mujahedines (combatentes). Chegaram a nossos campos e não aconteceu nenhum combate", completou.
Em um comunicado, os insurgentes afirmam que demoraram cinco meses para cavar o túnel, que chegou à área onde estavam os "presos políticos" da penitenciária.
"O túnel chegou ao objetivo à noite. Os mujahedines prisioneiros foram conduzidos ao exterior por esta via por três detentos previamente informados", destaca o texto.
A operação durou quatro horas e os presos foram recebidos por veículos.
Os talibãs também revelaram que um comando suicida foi posicionado perto da prisão, mas que não foi necessário entrar em ação.
O porta-voz de Karzai informou que 13 fugitivos foram capturados.
Os dados biométricos dos detentos registrados na penitenciária facilitarão a identificação dos detentos, segundo Wesa.
O governador de Kandahar admitiu que a fuga representa um fracasso para as forças de segurança e os serviços de inteligência.
A penitenciária de Kandahar foi cenário de uma fuga espetacular em 13 de junho de 2008, quando um comando talibã invadiu o local e libertou quase 1.000 detentos, metade deles insurgentes.
Kandahar, berço do antigo regime talibã (1996-2001), expulso do poder por uma coalizão internacional no fim de 2001, é um dos redutos mais importantes da rebelião contra a Otan e as forças afegãs.
Cabul - Mais de 470 detentos, em sua maioria talibãs, fugiram na madrugada desta segunda-feira da penitenciária de Kandahar por um túnel de 300 metros de comprimento que os insurgentes cavaram durante cinco meses.
"Um túnel de centenas de metros foi cavado entre a ala sul da prisão e o interior, e 476 'presos políticos' fugiram", declarou o general à AFP o diretor da prisão, general Ghulam Dastageer Mayar.
A fuga representa um novo golpe contra o governo do presidente Hamid Karzai e as forças da Otan, que nos últimos dois anos intensificaram as operações militares nesta região do sul afegão, reduto dos talibãs e área vital para estabilizar o país.
O porta-voz de Karzai, Waheed Omar, classificou a fuga de "desastre" e algo que "não deveria ter acontecido".
"Agora que isto aconteceu, estamos tentando descobrir o que ocorreu exatamente e o que temos que fazer para reparar o desastre que aconteceu em Kandahar", completou Omar.
O governador da província de Kandahar, Tooryalai Wesa, confirmou em um comunicado que 474 "prisioneiros políticos" e um criminoso fugiram pelo túnel, cavado durante vários meses.
As autoridades designam como "presos políticos" os supostos talibãs que não foram detidos no campo de batalha.
Um porta-voz talibã, Yusuf Ahmadi, reivindicou a fuga e afirmou que os presos cavaram um túnel de 360 metros e direção ao sul.
"Começaram a sair às 23H00 de domingo e na manhã desta segunda-feira 541 presos haviam fugido", declarou à AFP.
"Há 106 presos políticos e os demais são mujahedines (combatentes). Chegaram a nossos campos e não aconteceu nenhum combate", completou.
Em um comunicado, os insurgentes afirmam que demoraram cinco meses para cavar o túnel, que chegou à área onde estavam os "presos políticos" da penitenciária.
"O túnel chegou ao objetivo à noite. Os mujahedines prisioneiros foram conduzidos ao exterior por esta via por três detentos previamente informados", destaca o texto.
A operação durou quatro horas e os presos foram recebidos por veículos.
Os talibãs também revelaram que um comando suicida foi posicionado perto da prisão, mas que não foi necessário entrar em ação.
O porta-voz de Karzai informou que 13 fugitivos foram capturados.
Os dados biométricos dos detentos registrados na penitenciária facilitarão a identificação dos detentos, segundo Wesa.
O governador de Kandahar admitiu que a fuga representa um fracasso para as forças de segurança e os serviços de inteligência.
A penitenciária de Kandahar foi cenário de uma fuga espetacular em 13 de junho de 2008, quando um comando talibã invadiu o local e libertou quase 1.000 detentos, metade deles insurgentes.
Kandahar, berço do antigo regime talibã (1996-2001), expulso do poder por uma coalizão internacional no fim de 2001, é um dos redutos mais importantes da rebelião contra a Otan e as forças afegãs.