Vice-presidente de Taiwan, William Lai (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 09h10.
Taipei pediu nesta terça-feira, 20, racionalidade a Pequim depois de um incidente fatal entre um barco chinês e a guarda-costeira de Taiwan.
"Esperamos que ambas as partes sejam racionais, justas e cooperem para garantir a segurança" nas águas do estreito de Taiwan, disse o primeiro-ministro da ilha, Chen Chien-jen.
A China anunciou no domingo que intensificará as patrulhas na região depois da morte na semana passada de dois tripulantes de um barco chinês perseguido pela guarda-costeira taiwanesa. A embarcação naufragou perto de Kinmen, uma ilha administrada por Taipei, mas situada a apenas cinco quilômetros da cidade continental de Xiamen.
Na segunda-feira, agentes da guarda-costeira chinesa embarcaram brevemente em um cruzeiro para checar informações do capitão e dos passageiros.
A China considera Taiwan parte de seu território e defende a retomada de sua soberania, inclusive pela força se for necessário.
As relações entre Pequim e Taipei se deterioram nos últimos anos sob a administração da presidente Tsai Ing-wen, que não aceita as pretensões chinesas sobre a ilha.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro taiwanês disse que as duas partes estão conscientes das "áreas marítimas restritas" e "aplicaram suas leis com base nesses limites".
"Continuaremos protegendo essas áreas marítimas para garantir a segurança em nossas águas territoriais e os direitos de nossos pescadores", acrescentou.
Poucos quilômetros separam a ilha taiwanesa de Kinmen da cidade chinesa de Xiamen, por isso é comum que barcos dos dois lados cruzem acidentalmente para a outra parte.
Os serviços da guarda-costeira taiwansesa defenderam suas ações na perseguição que levou ao acidente mortal e asseguraram que a tripulação chinesa se rejeitou a cooperar com eles.