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Tailândia fará eleições em março, as primeiras desde o golpe de Estado

Na votação do dia 24 de março serão eleitos os 500 membros do futuro Parlamento, que vão eleger o próximo primeiro-ministro

Tailândia: o exército tomou o poder em maio de 2014 com a promessa de acabar com a corrupção (Jorge Silva/Reuters)

Tailândia: o exército tomou o poder em maio de 2014 com a promessa de acabar com a corrupção (Jorge Silva/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 09h31.

Bangcoc - A Comissão Eleitoral da Tailândia anunciou nesta quarta-feira que o país realizará eleições gerais no dia 24 de março, as primeiras após o golpe de Estado ocorrido em maio de 2014.

O diretor da Comissão, Ittiporn Boonpracong, disse em entrevista coletiva que os partidos têm entre 4 e 8 de fevereiro para inscrever seus candidatos.

Na votação serão eleitos os 500 membros do futuro Parlamento da Tailândia, que por sua vez elegerá o próximo primeiro-ministro.

O anúncio chega após a publicação esta manhã do decreto, assinado pelo rei Vajiralongkorn e citado pela publicação oficial "Gazeta Real", no qual o monarca solicita que o órgão eleitoral marque uma data para o pleito.

O exército tailandês, liderado por Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro, tomou o poder em 22 de maio de 2014 com a promessa de acabar com a corrupção, dar fim à crise política no país e realizar as eleições o mais rápido possível, uma promessa que foi adiada em várias ocasiões.

O golpe aconteceu poucos dias depois que a então primeira-ministra e líder do Pheu Thai, Yingluck Shinawatra, foi destituída pelo Tribunal Constitucional por abuso de poder em um caso de nepotismo, quando deslocou para outro cargo o chefe de Segurança Nacional, que havia sido indicado pela oposição, e o substituiu por seu próprio cunhado.

As plataformas afins à família Shinawatra ganharam todas as eleições desde 2001 na Tailândia, que sofreu 12 golpes de Estado desde o fim da monarquia absoluta em 1932.

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