Suplicy: Família de Itamar recusa oferta de avião da FAB
A oferta tinha sido feita pelo Palácio do Planalto
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2011 às 09h50.
São Paulo - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou hoje, ao chegar ao Hospital Albert Einstein, que a família do ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG), falecido nesta manhã em São Paulo, recusou a oferta do Palácio do Planalto de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para trasladar o corpo da capital paulista a Juiz de Fora (MG). De acordo com Suplicy, não há mais familiares de Itamar no hospital e o corpo será transportado amanhã em voo comercial, partindo do Aeroporto de Congonhas.
Emocionado, o senador lembrou que esteve há 20 dias com Itamar para desejar a sua pronta recuperação. "Ele vinha se destacando como uma pessoa que a cada momento alertava sobre a necessidade de se cumprir bem a Constituição e o Regimento Interno do Senado", disse Suplicy. Em seis meses deste último mandato, Itamar se destacou por sua posição contrária às medidas provisórias e por ser favorável às discussões de projetos de lei, afirmou o senador. "Foi para nós todos um extraordinário exemplo", afirmou.
Suplicy recordou também o início do governo de Itamar Franco, que assumiu após o impeachment de Fernando Collor de Mello. "Ele teve um comportamento muito significativo ao assumir a Presidência da República em dezembro de 1992 e conduziu seu governo de uma maneira exemplar", disse.
Para o senador petista, a grande contribuição de Itamar para o País foi a implementação do Plano Real. "Ele foi quem teve a coragem de levar um plano adiante, depois de todas as experiências com Plano Cruzado e Bresser. De 1993 para cá vivemos um Brasil que conseguiu controlar a inflação", afirmou.
Suplicy também destacou a preocupação de Itamar, como presidente da República, com o combate à miséria, quando criou o Programa de Combate à Fome, liderado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e pelo bispo dom Mauro Morelli. "O presidente Itamar Franco sempre foi um extraordinário democrata, que contribuiu para a realização da Justiça. Ele é dos responsáveis por hoje estarmos vivendo um Brasil com práticas de democracia."
Inflação
Também passou pelo hospital Albert Einstein o ex-ministro do Planejamento e de Minas e Energia e ex-secretário da Presidência da República do Governo Itamar, Alexis Stepanenko, que atribuiu ao ex-presidente a recuperação da credibilidade do País, após uma crise política e os sucessivos planos econômicos para dominar a hiperinflação. "O primeiro legado foi recuperar a governabilidade e a crença, depois de tantos choques econômicos. Foi o primeiro presidente que acabou com a inflação em apenas dois anos. E foi o primeiro presidente a receber sindicalistas no Planalto", disse.
De acordo com o ex-ministro, o fato de a família ter recusado o avião da FAB e também a cerimônia de velório de chefe de Estado no Palácio do Planalto tem a ver com a preocupação de Itamar, em vida, com os gastos públicos "O Itamar era muito econômico, gostava de fazer as coisas por ele mesmo e de não depender do erário público. Ele era muito preocupado com os custos e com as despesas", contou.
Amigo pessoal de Itamar, Alexis Stepanenko acredita que, se pudesse ter cumprido seu mandato de senador até o final, Itamar seria um opositor à reforma política que vem sendo articulada pelos parlamentares. "Tenho certeza de que, em relação à reforma política, ele iria colocar vários obstáculos".
São Paulo - O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou hoje, ao chegar ao Hospital Albert Einstein, que a família do ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG), falecido nesta manhã em São Paulo, recusou a oferta do Palácio do Planalto de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para trasladar o corpo da capital paulista a Juiz de Fora (MG). De acordo com Suplicy, não há mais familiares de Itamar no hospital e o corpo será transportado amanhã em voo comercial, partindo do Aeroporto de Congonhas.
Emocionado, o senador lembrou que esteve há 20 dias com Itamar para desejar a sua pronta recuperação. "Ele vinha se destacando como uma pessoa que a cada momento alertava sobre a necessidade de se cumprir bem a Constituição e o Regimento Interno do Senado", disse Suplicy. Em seis meses deste último mandato, Itamar se destacou por sua posição contrária às medidas provisórias e por ser favorável às discussões de projetos de lei, afirmou o senador. "Foi para nós todos um extraordinário exemplo", afirmou.
Suplicy recordou também o início do governo de Itamar Franco, que assumiu após o impeachment de Fernando Collor de Mello. "Ele teve um comportamento muito significativo ao assumir a Presidência da República em dezembro de 1992 e conduziu seu governo de uma maneira exemplar", disse.
Para o senador petista, a grande contribuição de Itamar para o País foi a implementação do Plano Real. "Ele foi quem teve a coragem de levar um plano adiante, depois de todas as experiências com Plano Cruzado e Bresser. De 1993 para cá vivemos um Brasil que conseguiu controlar a inflação", afirmou.
Suplicy também destacou a preocupação de Itamar, como presidente da República, com o combate à miséria, quando criou o Programa de Combate à Fome, liderado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e pelo bispo dom Mauro Morelli. "O presidente Itamar Franco sempre foi um extraordinário democrata, que contribuiu para a realização da Justiça. Ele é dos responsáveis por hoje estarmos vivendo um Brasil com práticas de democracia."
Inflação
Também passou pelo hospital Albert Einstein o ex-ministro do Planejamento e de Minas e Energia e ex-secretário da Presidência da República do Governo Itamar, Alexis Stepanenko, que atribuiu ao ex-presidente a recuperação da credibilidade do País, após uma crise política e os sucessivos planos econômicos para dominar a hiperinflação. "O primeiro legado foi recuperar a governabilidade e a crença, depois de tantos choques econômicos. Foi o primeiro presidente que acabou com a inflação em apenas dois anos. E foi o primeiro presidente a receber sindicalistas no Planalto", disse.
De acordo com o ex-ministro, o fato de a família ter recusado o avião da FAB e também a cerimônia de velório de chefe de Estado no Palácio do Planalto tem a ver com a preocupação de Itamar, em vida, com os gastos públicos "O Itamar era muito econômico, gostava de fazer as coisas por ele mesmo e de não depender do erário público. Ele era muito preocupado com os custos e com as despesas", contou.
Amigo pessoal de Itamar, Alexis Stepanenko acredita que, se pudesse ter cumprido seu mandato de senador até o final, Itamar seria um opositor à reforma política que vem sendo articulada pelos parlamentares. "Tenho certeza de que, em relação à reforma política, ele iria colocar vários obstáculos".