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Sumiço do voo MH370 da Malaysia Airlines completa 10 anos e segue um mistério da aviação

O voo MH370, da Malaysia Airlines, que tinha 239 a bordo e simplesmente sumiu no ar, continua sendo considerado um dos maiores mistérios da aviação

O voo MH370, da Malaysia Airlines, que tinha 239 a bordo e simplesmente sumiu no ar, continua sendo considerado um dos maiores mistérios da aviação (Mohd Rasfan/AFP)

O voo MH370, da Malaysia Airlines, que tinha 239 a bordo e simplesmente sumiu no ar, continua sendo considerado um dos maiores mistérios da aviação (Mohd Rasfan/AFP)

Publicado em 8 de março de 2024 às 13h27.

Há dez anos, um Boeing 777 desapareceu no trajeto de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China. O voo MH370, da Malaysia Airlines, que tinha 239 pessoas a bordo e aparentemente sumiu no ar, continua sendo considerado um dos maiores mistérios da aviação.

O mais provável, segundo análise de dados de satélites, é que o avião tenha caído em algum lugar no sul do Oceano Índico, na costa oeste da Austrália. Mas é apenas isso que se sabe – e sem tanta certeza assim, já que as investigações não conseguiram encontrar resultados significativos.

Relembre o caso do voo da Malaysia Airlines

A última transmissão do avião aconteceu por volta dos 40 minutos após a decolagem de Kuala Lumpur, em 8 de março de 2014. Na ocasião, o capitão Zaharie Ahmad Shah disse: “Boa noite, Malásia 370”, quando o avião entrou em área vietnamita. Logo após, o transponder [dispositivo de comunicação empregado em equipamentos que enviam comandos de forma remota] foi desligado, sem que pudesse ser facilmente rastreado.

Segundo os radares militares, a nave abandonou sua rota de voo, voltou para o norte da Malásia e a ilha de Penang, e depois para o Mar de Andamão em direção à ponta de Sumatra, na Indonésia. Em seguida, virou para o sul e todo o contato foi totalmente perdido.

Autoridades da Malásia, Austrália e China seguiram todas as pistas possíveis para desvendar o paradeiro da aeronave. Os países lançaram uma busca subaquática numa área de 120.000 km² no sul do Oceano Índico. A busca custou cerca de 200 milhões de dólares australianos, na época o equivalente a 655 milhões de reais, e durou dois anos. Foi cancelada em janeiro de 2017, sem que nenhum vestígio fosse encontrado.

Em 2018, a empresa de exploração norte-americana Ocean Infinity realizou uma busca de três meses e receberia o pagamento por parte da Malásia apenas se o avião fosse encontrado, o que não aconteceu. Mais de 30 pedaços de supostos destroços foram coletados, mas apenas três fragmentos de asa foram confirmados como sendo do MH370.

Novas buscas do avião da Malaysia Airlines

No último domingo, 3, autoridades da Malásia anunciaram que podem retomar a busca pelo MH370. O Ministro dos Transportes, Anthony Loke, afirmou que convidará a empresa de robótica marinha Ocean Infinity, com sede no Texas (EUA), para apresentar a ele sua mais recente proposta de "sem resultado, sem custo". Há tempos, o governo afirma que não apoiaria outra busca sem novas pistas sobre a localização do avião.

"O governo está firme na nossa determinação de localizar o MH370", disse Loke em um evento memorial que marcou o 10º aniversário do desaparecimento do avião. "Realmente esperamos que a busca possa encontrar o avião e fornecer a verdade aos parentes mais próximos." O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim na segunda-feira, 4, que está disposto a reabrir a investigação se houver "um caso convincente".

(Com Agência Estado)

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