Sul-africanas com HIV afirmam que foram esterilizadas
Das cerca de 7 mil mulheres que participaram de pesquisa, 498 dizem ter passado pela esterilização por serem portadoras do vírus da Aids
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 11h29.
Johanesburgo - Ao todo, 498 mulheres sul-africanas portadoras do vírus do HIV denunciaram ter sido esterilizadas em uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional da Aids sobre o estigma da doença , publicou nesta quarta-feira a imprensa local.
Estes dados, divulgados na semana em que acontece a Conferência Sul-africana sobre a Aids em Durban, provocaram a indignação dos grupos defensores dos direitos dos portadores do vírus.
"O número confirma que é uma prática generalizada, sistemática. Dá a entender que se trata da prática de algum tipo de política que o Ministério da Saúde deve explicar", denunciou Sithembiso Mthembu, da ONG Her Rights Initiative.
Das cerca de 7 mil mulheres que participaram da pesquisa, 498 dizem ter passado pela esterilização por serem portadoras do vírus da Aids, explicou o professor Khangelani Zuma.
Membro do Conselho de Pesquisa das Ciências Humanas que realizou o estudo, ele foi categórico ao afirmar que as mulheres entenderam a pergunta e os dados são corretos.
No entanto, as vítimas responderam os questionários de maneira anônima, por isso não é possível estabelecer suas identidades e levar os hospitais à Justiça.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Popo Maja, negou que o governo tenha realizado uma esterilização forçada, e qualificou esta prática de "violação dos direitos humanos".
Segundo a lei de esterilização sul-africana, é necessário um documento escrito pelo paciente para qualquer esterilização.
Em uma iniciativa distinta, ativistas pelos direitos dos portadores do vírus apresentaram uma reivindicação contra o governo pela esterilização de 48 mulheres que descobriram que tinham sido submetidas a esta prática quando tentavam ter filhos.
Um terço destes casos se produziu depois 2004, segundo o jornal "Times" de Johanesburgo.
Calcula-se que mais de 5 milhões de sul-africanas, em torno de 10% da população, vivam com o vírus causador da Aids.
Johanesburgo - Ao todo, 498 mulheres sul-africanas portadoras do vírus do HIV denunciaram ter sido esterilizadas em uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional da Aids sobre o estigma da doença , publicou nesta quarta-feira a imprensa local.
Estes dados, divulgados na semana em que acontece a Conferência Sul-africana sobre a Aids em Durban, provocaram a indignação dos grupos defensores dos direitos dos portadores do vírus.
"O número confirma que é uma prática generalizada, sistemática. Dá a entender que se trata da prática de algum tipo de política que o Ministério da Saúde deve explicar", denunciou Sithembiso Mthembu, da ONG Her Rights Initiative.
Das cerca de 7 mil mulheres que participaram da pesquisa, 498 dizem ter passado pela esterilização por serem portadoras do vírus da Aids, explicou o professor Khangelani Zuma.
Membro do Conselho de Pesquisa das Ciências Humanas que realizou o estudo, ele foi categórico ao afirmar que as mulheres entenderam a pergunta e os dados são corretos.
No entanto, as vítimas responderam os questionários de maneira anônima, por isso não é possível estabelecer suas identidades e levar os hospitais à Justiça.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Popo Maja, negou que o governo tenha realizado uma esterilização forçada, e qualificou esta prática de "violação dos direitos humanos".
Segundo a lei de esterilização sul-africana, é necessário um documento escrito pelo paciente para qualquer esterilização.
Em uma iniciativa distinta, ativistas pelos direitos dos portadores do vírus apresentaram uma reivindicação contra o governo pela esterilização de 48 mulheres que descobriram que tinham sido submetidas a esta prática quando tentavam ter filhos.
Um terço destes casos se produziu depois 2004, segundo o jornal "Times" de Johanesburgo.
Calcula-se que mais de 5 milhões de sul-africanas, em torno de 10% da população, vivam com o vírus causador da Aids.