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Suíços votarão novamente sobre a imigração

Eleitores votarão novamente sobre o tema, após optarem pelo "não à imigração em massa" em referendo

Manifestantes protestam contra iniciativa de imigração em Berna, Suíça (Fabrice Coffrini/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 10h18.

Genebra - Os eleitores suíços votarão novamente no domingo sobre o tema imigração , depois que optaram pelo "não à imigração em massa" em um referendo em fevereiro, uma decisão que provocou tensão com a União Europeia (UE).

A organização Ecologia e População (Ecopop), que deseja limitar o saldo migratório anual da Suíça a 0,2% da população (16.000 pessoas) alegando motivos ambientais, pedirá aos eleitores que digam "fim à superpopulação".

"Dado o ritmo em que enchemos a paisagem de concreto, de 1,1 metro quadrado por segundo, em 2050, se não fizermos nada, teremos preenchido com concreto todas as regiões não montanhosas da Suíça", afirmou à AFP Anita Messere, integrante do comitê Ecopop.

Messere nega as acusações de "xenofobia".

"Não é um tema de alteridade, e sim um tema de número (...), todos contaminamos, isto não depende da nacionalidade, depende do nível de vida", completou.

Os círculos econômicos, todos os partidos políticos, o governo e os sindicatos foram contrários à iniciativa e denunciaram um comitê "racista". Até mesmo a direita populista da UDC, que liderou a votação contrária à imigração de 9 de fevereiro, considera excessiva a medida.

Todos defendem que a economia suíça, que conta com um terço de estrangeiros, ficará em perigo no caso de aprovação.

Poucos defensores do "sim" se atrevem a falar de maneira aberta, mas o "sim supera o não nas redes sociais", afirmou Claude Longchamp, diretor do instituto de pesquisas gfs.bern.

Alguns como Magrit Pfister, intérprete para imigrantes em Berna, consideram que o nível de vida dos suíços foi afetado com o aumento da imigração.

"Não resta nada da prosperidade de antes", lamenta, ao recordar a época em que seu pai conseguia sustentar a família de seis filhos com apenas um salário.

Nas universidades, no entanto, existe o temor de que a UE retire a Suíça do sistema de créditos europeus e dos programas de intercâmbio em caso de vitória do "sim".

A última pesquisa do gfs.bern aponta a vitória do "não" com 56% dos votos.

São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber imigrantes , segundo o índice MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
  • 2. 33º) Letônia – 31 pontos

    2 /12(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Mobilidade no mercado de trabalho: 36
    Possibilidade de reunir a família: 46
    Residência de longo prazo: 59
    Políticas contra discriminação: 25
    Participação política: 18
    Acesso à nacionalidade: 15
    Educação: 17
  • 3. 32º) Chipre – 35 pontos

    3 /12(Getty Images)

  • Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 39
    Residência de longo prazo: 37
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 25
    Acesso à nacionalidade: 32
    Educação: 33
  • 4. 31º) Eslováquia – 36 pontos

    4 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 53
    Residência de longo prazo: 50
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 21
    Acesso à nacionalidade: 27
    Educação: 24
  • 5. 30º) Malta – 37 pontos

    5 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 43
    Possibilidade de reunir a família:
    48
    Residência de longo prazo:
    64
    Políticas contra discriminação:
    36
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    26
    Educação:
    16
  • 6. 29º) Japão – 38 pontos

    6 /12(Kiyoshi Ota/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 62
    Possibilidade de reunir a família:
    51
    Residência de longo prazo:
    58
    Políticas contra discriminação:
    14
    Participação política:
    27
    Acesso à nacionalidade:
    33
    Educação:
    19
  • 7. 28º) Lituânia – 40 pontos

    7 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 46
    Possibilidade de reunir a família:
    59
    Residência de longo prazo:
    57
    Políticas contra discriminação:
    55
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    20
    Educação:
    17
  • 8. 27º) Bulgária – 41 pontos

    8 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 40
    Possibilidade de reunir a família: 51
    Residência de longo prazo: 57
    Políticas contra discriminação: 80
    Participação política: 17
    Acesso à nacionalidade: 24
    Educação: 15
  • 9. 26º) Polônia – 42 pontos

    9 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 48
    Possibilidade de reunir a família: 67
    Residência de longo prazo: 65
    Políticas contra discriminação: 36
    Participação política: 13
    Acesso à nacionalidade: 35
    Educação: 29
  • 10. 25º) Áustria – 42 pontos

    10 /12(Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 56
    Possibilidade de reunir a família: 41
    Residência de longo prazo: 58
    Políticas contra discriminação: 40
    Participação política: 33
    Acesso à nacionalidade: 22
    Educação: 44
  • 11. 24º) Suíça – 43 pontos

    11 /12(Mike Hewitt/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 53
    Possibilidade de reunir a família: 40
    Residência de longo prazo: 41
    Políticas contra discriminação: 31
    Participação política: 59
    Acesso à nacionalidade: 36
    Educação: 45
  • 12. Agora veja a ponta contrária do ranking

    12 /12(Sean Gallup/Getty Images)

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