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Sudão do Sul ordena que exército deixe de combater rebeldes

O presidente sul-sudanês firmou o acordo de paz na última quarta-feira, nove dias depois que o líder dos rebeldes assinou

Presidente Kiir e rebelde Machar: "O presidente ordenou a todas as forças governamentais que interrompessem os combates e permanecessem nas bases" (Tiksa Negeri/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 13h58.

O presidente do Sudão do Sul , Salva Kiir, ordenou ao exército que deixe de combater os rebeldes a partir desta sexta-feira, dentro do acordo de paz firmado na quarta-feira para pôr fim a 20 meses de guerra civil.

"O presidente ordenou a todas as forças governamentais que interrompessem os combates e permanecessem nas bases onde se encontram", declarou à AFP o porta-voz presidencial Ateny Wek, que afirmou que o exército poderá responder em caso de ataque.

Kiir firmou o acordo de paz na última quarta-feira, nove dias depois que o líder dos rebeldes e seu antigo vice-presidente, Riek Machar, o havia assinado.

O documento prevê um "cessar-fogo permanente" com um prazo de 72 horas. Kiir e Machar já haviam assinado vários cessar-fogo durante os 19 meses de negociações de paz em Adis Abeba, porém todos eles foram violados horas depois de terem entrado em vigor.

"Esperamos que Riek Machar faça o mesmo com suas tropas", prosseguiu o porta-voz de Kiir. No entanto, "falta sabermos que controle ele terá sobre suas tropas (...) A rebelião não está sobre o poder de uma só pessoa, mas a comunidade internacional tem fechado seus olhos para isso", lamentou.

Vários líderes militares abandonaram os rebeldes nos últimos tempos, porque eles se recusaram a aceitar qualquer acordo assinado por Kiir e Machar.

O governo do Sudão do Sul, por sua vez, difundiu na quinta-feira uma lista de 16 reservas sobre o acordo de paz.

Kiir rejeitou alguns pontos do acordo e entregou um documento de 12 páginas aos mediadores para comunicar suas queixas.

Segundo este texto, o principal obstáculo diz respeito ao posto de primeiro vice-presidente, criado junto do do atual vice-presidente e atribuído aos rebeldes.

O governo diz que o acordo é "um prêmio para a rebelião" e evoca questões de soberania para rejeitar a desmilitarização de Juba, a capital do novo país, como o acordo impõe.

A ONU imediatamente deu a Salva Kiir o prazo de até 1º de setembro para suprimir suas reservas em relação ao plano de paz, segundo indicou a presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a embaixadora da Nigéria, Joy Ogwu.

A Casa Branca pediu que se respeite integralmente o acordo de paz e que se comece a reconstruir o país.

O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, proclamou sua independência de 2011, após várias décadas de conflito com Cartum.

Mas em 2013 voltou a explodir um conflito, desta vez dentro do exército sul-sudanês, minado por uma disputa político-étnica, alimentada pela rivalidade entre Kiir e Machar.

Segundo os observadores, o conflito no Sudão do Sul deixou dezenas de milhares de mortos, inclusive muitos civis.

Um total de 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiu de suas casas pelos combates e suas sequências de massacres étnicos e atrocidades. Mais de 70% dos 12 milhões de habitantes precisam de ajuda para sobreviver, segundo a ONU, que adverte para uma ameaça de fome.

A guerra destruiu parte do aparato de produção petrolífera, única fonte de recursos do país, que figura entre os menos desenvolvidos do mundo.

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O presidente do Sudão do Sul , Salva Kiir, ordenou ao exército que deixe de combater os rebeldes a partir desta sexta-feira, dentro do acordo de paz firmado na quarta-feira para pôr fim a 20 meses de guerra civil.

"O presidente ordenou a todas as forças governamentais que interrompessem os combates e permanecessem nas bases onde se encontram", declarou à AFP o porta-voz presidencial Ateny Wek, que afirmou que o exército poderá responder em caso de ataque.

Kiir firmou o acordo de paz na última quarta-feira, nove dias depois que o líder dos rebeldes e seu antigo vice-presidente, Riek Machar, o havia assinado.

O documento prevê um "cessar-fogo permanente" com um prazo de 72 horas. Kiir e Machar já haviam assinado vários cessar-fogo durante os 19 meses de negociações de paz em Adis Abeba, porém todos eles foram violados horas depois de terem entrado em vigor.

"Esperamos que Riek Machar faça o mesmo com suas tropas", prosseguiu o porta-voz de Kiir. No entanto, "falta sabermos que controle ele terá sobre suas tropas (...) A rebelião não está sobre o poder de uma só pessoa, mas a comunidade internacional tem fechado seus olhos para isso", lamentou.

Vários líderes militares abandonaram os rebeldes nos últimos tempos, porque eles se recusaram a aceitar qualquer acordo assinado por Kiir e Machar.

O governo do Sudão do Sul, por sua vez, difundiu na quinta-feira uma lista de 16 reservas sobre o acordo de paz.

Kiir rejeitou alguns pontos do acordo e entregou um documento de 12 páginas aos mediadores para comunicar suas queixas.

Segundo este texto, o principal obstáculo diz respeito ao posto de primeiro vice-presidente, criado junto do do atual vice-presidente e atribuído aos rebeldes.

O governo diz que o acordo é "um prêmio para a rebelião" e evoca questões de soberania para rejeitar a desmilitarização de Juba, a capital do novo país, como o acordo impõe.

A ONU imediatamente deu a Salva Kiir o prazo de até 1º de setembro para suprimir suas reservas em relação ao plano de paz, segundo indicou a presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a embaixadora da Nigéria, Joy Ogwu.

A Casa Branca pediu que se respeite integralmente o acordo de paz e que se comece a reconstruir o país.

O Sudão do Sul, país mais jovem do mundo, proclamou sua independência de 2011, após várias décadas de conflito com Cartum.

Mas em 2013 voltou a explodir um conflito, desta vez dentro do exército sul-sudanês, minado por uma disputa político-étnica, alimentada pela rivalidade entre Kiir e Machar.

Segundo os observadores, o conflito no Sudão do Sul deixou dezenas de milhares de mortos, inclusive muitos civis.

Um total de 2,2 milhões de sul-sudaneses fugiu de suas casas pelos combates e suas sequências de massacres étnicos e atrocidades. Mais de 70% dos 12 milhões de habitantes precisam de ajuda para sobreviver, segundo a ONU, que adverte para uma ameaça de fome.

A guerra destruiu parte do aparato de produção petrolífera, única fonte de recursos do país, que figura entre os menos desenvolvidos do mundo.

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