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Soldados israelenses confiscam ajuda humanitária

Soldados israelenses detiveram um comboio de ajuda humanitária na Cisjordânia, o qual era acompanhado por representantes de dez países europeus

Soldados israelenses posicionados: comboio incluía um caminhão com cinco tendas de campanha destinadas às famílias da região (Said Khatib/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 13h26.

Jerusalém - Soldados israelenses detiveram nesta sexta-feira um comboio de ajuda humanitária na Cisjordânia, o qual era acompanhado por representantes de dez países europeus, expropriaram o material e tiraram à força do mesmo uma diplomata francesa, informaram à Agência Efe testemunhas e fontes diplomáticas.

O comboio incluía um caminhão com cinco tendas de campanha destinadas às famílias de Jirbet Majul, próxima ao Vale do Jordão, no leste do território ocupado da Cisjordânia, onde o Exército israelense tinha destruído há três dias alguns barracos habitados por beduínos.

A demolição ocorreu após uma decisão do Supremo Tribunal, que alegou que as estruturas careciam de permissões de construção. O acampamento se encontra na denominada zona C, ou seja, a parte da Cisjordânia (60%) na qual as autoridades militares israelenses controlam os assuntos civis e de segurança e raramente concedem permissões de construção.

Nesta semana, após duas frustradas tentativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha , ambas barradas pelo Exército israelense, a citada representação diplomática estrangeira se organizou para evitar um novo bloqueio, assinalou à Agência Efe um trabalhador humanitário envolvido no caso.

A participação estrangeira era um gesto "simbólico" de apoio, ressaltaram fontes diplomáticas europeias.


O comboio partiu em direção à região nesta manhã com os diplomatas, principalmente europeus, mas o Exército israelense deteve novamente o comboio e ameaçou confiscá-lo.

Neste momento, uma representante francesa subiu na cabine do caminhão que transportava as tendas e se negou a abandoná-la, enquanto os diplomatas entravam em contato com suas representações em Jerusalém e Ramala para tentar desbloquear a situação, apontaram as testemunhas.

Posteriormente, a diplomata foi tirada à força pelos soldados israelenses, que também fizeram uso de três bombas de efeito moral no lugar no qual se encontravam tanto os beduínos locais como os diplomatas e trabalhadores humanitários.

As fontes diplomáticas europeias acrescentaram que, além do uso das três bombas, os soldados israelenses deixaram dois homens feridos, ambos palestinos.

Consultado pela Agência Efe, o Exército israelense assinalou que o envio de forças de segurança tinha o objetivo impedir a "colocação ilegal de uma tenda de campanha" para garantir a "aplicação de uma decisão do Supremo Tribunal".

"No lugar, palestinos e ativistas estrangeiros começaram a lançar pedras, enquanto o Exército respondeu com métodos antidistúrbios, confiscou as tendas e deteve três palestinos que tinham sido os principais instigadores", assinalou o Exército Israelense.

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Jerusalém - Soldados israelenses detiveram nesta sexta-feira um comboio de ajuda humanitária na Cisjordânia, o qual era acompanhado por representantes de dez países europeus, expropriaram o material e tiraram à força do mesmo uma diplomata francesa, informaram à Agência Efe testemunhas e fontes diplomáticas.

O comboio incluía um caminhão com cinco tendas de campanha destinadas às famílias de Jirbet Majul, próxima ao Vale do Jordão, no leste do território ocupado da Cisjordânia, onde o Exército israelense tinha destruído há três dias alguns barracos habitados por beduínos.

A demolição ocorreu após uma decisão do Supremo Tribunal, que alegou que as estruturas careciam de permissões de construção. O acampamento se encontra na denominada zona C, ou seja, a parte da Cisjordânia (60%) na qual as autoridades militares israelenses controlam os assuntos civis e de segurança e raramente concedem permissões de construção.

Nesta semana, após duas frustradas tentativas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha , ambas barradas pelo Exército israelense, a citada representação diplomática estrangeira se organizou para evitar um novo bloqueio, assinalou à Agência Efe um trabalhador humanitário envolvido no caso.

A participação estrangeira era um gesto "simbólico" de apoio, ressaltaram fontes diplomáticas europeias.


O comboio partiu em direção à região nesta manhã com os diplomatas, principalmente europeus, mas o Exército israelense deteve novamente o comboio e ameaçou confiscá-lo.

Neste momento, uma representante francesa subiu na cabine do caminhão que transportava as tendas e se negou a abandoná-la, enquanto os diplomatas entravam em contato com suas representações em Jerusalém e Ramala para tentar desbloquear a situação, apontaram as testemunhas.

Posteriormente, a diplomata foi tirada à força pelos soldados israelenses, que também fizeram uso de três bombas de efeito moral no lugar no qual se encontravam tanto os beduínos locais como os diplomatas e trabalhadores humanitários.

As fontes diplomáticas europeias acrescentaram que, além do uso das três bombas, os soldados israelenses deixaram dois homens feridos, ambos palestinos.

Consultado pela Agência Efe, o Exército israelense assinalou que o envio de forças de segurança tinha o objetivo impedir a "colocação ilegal de uma tenda de campanha" para garantir a "aplicação de uma decisão do Supremo Tribunal".

"No lugar, palestinos e ativistas estrangeiros começaram a lançar pedras, enquanto o Exército respondeu com métodos antidistúrbios, confiscou as tendas e deteve três palestinos que tinham sido os principais instigadores", assinalou o Exército Israelense.

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