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Sob pressão, May visita vítimas de incêndio em Londres

Primeira-ministra visitou os feridos da tragédia em um hospital nesta sexta-feira, quando o saldo de mortes subiu para 30

Theresa May foi criticada dentro de seu próprio Partido Conservador devido à sua reação sobre o incêndio (Toby Melville/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de junho de 2017 às 11h50.

Londres - Cada vez mais pressionada por um fracasso eleitoral e alvo de críticas por não ter se encontrado antes com vítimas de um incêndio em um prédio residencial de Londres, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , visitou os feridos da tragédia em um hospital nesta sexta-feira, quando o saldo de mortes subiu para 30.

O líder de oposição Jeremy Corbyn, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, o príncipe William e a rainha Elizabeth, de 91 anos, visitaram os moradores da torre de apartamentos de 24 andares destruída na quarta-feira enquanto muitos dormiam, e a revolta contra as autoridades está crescendo na comunidade local.

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May foi criticada dentro de seu próprio Partido Conservador devido à sua reação, e na quinta-feira prometeu realizar um inquérito público sobre o incêndio no edifício, que abrigava cerca de 600 pessoas. A expectativa é que o saldo de mortos aumente.

A premiê se reuniu reservadamente com vítimas em um hospital do centro da capital britânica nesta sexta-feira, e na quinta-feira já havia expressado sua tristeza na televisão depois de se encontrar com agentes dos serviços de emergência.

"Ela deveria ter estado lá com os moradores. Você tem que estar preparado para receber as emoções das pessoas, e não ficar tão assustada com as pessoas", disse Michael Portillo, ex-ministro conservador, à rede BBC.

A reação de May tem sido contrastada com a de Corbyn, que abraçou moradores durante uma visita na quinta-feira, e com a dos membros da realeza, que se encontraram com moradores e voluntários nesta sexta-feira.

"Esta é uma das coisas mais terríveis que já vi", disse o príncipe William sobre o incêndio, que destruiu a torre.

Alguns residentes desesperados imploraram para conversar com os membros da realeza sobre seu sofrimento e o destino de crianças desaparecidas quando estes deixavam o local, e William prometeu que irá voltar.

É cada vez maior a revolta no edifício de baixa renda, cujos moradores querem saber como o fogo se espalhou tão rapidamente e por que queixas anteriores a respeito da segurança foram ignoradas.

A polícia de Londres informou que uma investigação, liderada por um detetive de sua unidade de homicídios e crimes graves, irá examinar se delitos foram cometidos, embora tenha dito que não há nada que indique que o incêndio tenha sido iniciado deliberadamente.

Documentos que detalham uma reforma recente no prédio não fazem referência a um tipo de barreira corta-fogo que especialistas em segurança dizem ser necessária quando arranha-céus ganham um novo revestimento externo.

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