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Só a Igreja é capaz de interpretar as escrituras, diz papa

Francisco expressou nesta sexta-feira seu compromisso com o pleno respeito à tradição da Igreja e rejeitou "a interpretação subjetiva" da bíblia

Papa Francisco: "tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja", disse (Alberto Pizzoli/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 12h26.

Cidade do Vaticano - O Papa Francisco expressou nesta sexta-feira seu compromisso com o pleno respeito à tradição da Igreja, única habilitada a interpretar corretamente as escrituras, e rejeitou "a interpretação subjetiva", em seu primeiro discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano.

Nesta intervenção a "especialistas" - e não apenas para fiéis, como a maioria de seus discursos do último mês - o papa jesuíta fez uma longa referência a um texto do Concílio Vaticano II ( 1962-1965), a Constituição "Dei Verbum" ("A Palavra de Deus"), sobre o papel da Igreja.

Até o momento, ao contrário de Bento XVI, o novo papa pouco tinha mencionado o Concílio, ao qual ele é o primeiro pontífice das últimas décadas a não ter participado. Uma omissão surpreendente.

"O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus".

Para o papa, "há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição", que são "conjuntas e se comunicam entre elas", "formando, de certa maneira, uma única coisa", declarou.


"A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus plenamente (....) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito", disse em um discurso que revela um papa muito respeitoso da autoridade da Igreja.

Como resultado, "a interpretação das Escrituras não pode ser apenas um esforço intelectual individual, mas deve ser sempre confrontado, inserido e autenticado pela tradição viva da Igreja", argumentou.

Esta declaração, na linha de Bento XVI, não deve agradar os protestantes ou católicos contestatórios, como o suíço Hans Küng, que reivindicam o direito de interpretar livremente as Escrituras.

Para ser claro, o papa denunciou "a insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus."

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Cidade do Vaticano - O Papa Francisco expressou nesta sexta-feira seu compromisso com o pleno respeito à tradição da Igreja, única habilitada a interpretar corretamente as escrituras, e rejeitou "a interpretação subjetiva", em seu primeiro discurso ante o Comitê da Bíblia do Vaticano.

Nesta intervenção a "especialistas" - e não apenas para fiéis, como a maioria de seus discursos do último mês - o papa jesuíta fez uma longa referência a um texto do Concílio Vaticano II ( 1962-1965), a Constituição "Dei Verbum" ("A Palavra de Deus"), sobre o papel da Igreja.

Até o momento, ao contrário de Bento XVI, o novo papa pouco tinha mencionado o Concílio, ao qual ele é o primeiro pontífice das últimas décadas a não ter participado. Uma omissão surpreendente.

"O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus".

Para o papa, "há uma unidade indissolúvel entre Escritura e Tradição", que são "conjuntas e se comunicam entre elas", "formando, de certa maneira, uma única coisa", declarou.


"A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus plenamente (....) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito", disse em um discurso que revela um papa muito respeitoso da autoridade da Igreja.

Como resultado, "a interpretação das Escrituras não pode ser apenas um esforço intelectual individual, mas deve ser sempre confrontado, inserido e autenticado pela tradição viva da Igreja", argumentou.

Esta declaração, na linha de Bento XVI, não deve agradar os protestantes ou católicos contestatórios, como o suíço Hans Küng, que reivindicam o direito de interpretar livremente as Escrituras.

Para ser claro, o papa denunciou "a insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus."

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