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Síria vota nova Constituição no dia 26

Ditador sírio dá abertura para que outros partidos, além do governista Baath, possam participar da vida política nacional

"O presidente Bashar Assad divulgou hoje um decreto estabelecendo o domingo, 26 de fevereiro, como data para um referendo", afirmou a agência estatal síria (Courtney Kealy/Getty Images)

"O presidente Bashar Assad divulgou hoje um decreto estabelecendo o domingo, 26 de fevereiro, como data para um referendo", afirmou a agência estatal síria (Courtney Kealy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 07h57.

Damasco - O presidente da Síria, Bashar Assad, determinou a realização de um referendo sobre uma nova Constituição em 26 de fevereiro, informou a agência estatal Sana nesta quarta-feira. "O presidente Bashar Assad divulgou hoje um decreto estabelecendo o domingo, 26 de fevereiro, como data para um referendo sobre o projeto de Constituição", afirmou a agência. Com isso, será possível que outros partidos além do governista Baath possam participar da vida política nacional, disse a agência.

No domingo, a comissão encarregada de escrever a nova Carta enviou o rascunho a Assad, informou a Sana. De acordo com a agência, o presidente revisará o documento e então o enviará à Assembleia do Povo, antes da votação.

Em janeiro, Assad disse que uma nova Constituição estava sendo elaborada por um comitê formado em outubro para substituir o anterior, dominado pelo governista Partido Baath.

Na ocasião, ele disse que o referendo poderia ser votado já em março. O governo sírio encerrou um estado de emergência em abril do ano passado e em julho adotou um lei permitindo a criação de um sistema político multipartidário.

Muitos ativistas pediam emendas à Constituição. Porém, com o aumento da violência, muitos líderes oposicionistas exigem agora a saída de Assad.

O rascunho prevê que o presidente possa ficar no poder por no máximo dois mandatos, de sete anos. Assad, que herdou o poder do pai, está no posto há quase 12 anos.

A revolta síria começou em março com protestos em geral pacíficos contra o regime. O conflito tornou-se, porém, mais e mais violento e militarizado nos últimos meses, conforme desertores passaram a lutar contra as forças do governo. Muitos observadores dizem que há o risco de guerra civil no país. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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