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Setor defende segurança de cruzeiros e fala em caso isolado

Organização que representa a indústria de cruzeiros considerou que naufrágio na Itália não compromete a segurança do setor

O Costa Concordia no porto de Roma: naufrágio foi um caso 'isolado' diz o setor (Vincenzo Pinto/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 14h54.

Londres - A indústria internacional de cruzeiros defendeu nesta quinta-feira em Londres os 'altos padrões de segurança' deste tipo de transporte de lazer e qualificou o incidente do Costa Concordia como um caso 'realmente isolado'.

Em entrevista coletiva, a presidente da Associação Internacional das Linhas de Cruzeiro (CLIA, na sigla em inglês), Christine Duffy, afirmou que esta indústria é 'altamente regulada' de acordo com os rigorosos níveis das leis internacionais.

Christine, que explicou que não quer especular sobre o naufrágio do Costa Concordia enquanto houver uma investigação em andamento, insistiu que se trata de um caso 'muito isolado' em uma das indústrias de transporte de lazer mais seguras do mundo.

O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira em frente à ilha de Giglio (Itália) com mais de 3 mil passageiros a bordo, e o acidente até agora causou 11 mortes e deixou 20 desaparecidos.

Neste sentido, a presidente da CLIA, que disse falar em nome de toda a indústria de cruzeiros, pediu à Organização Marítima Internacional que inicie uma aprofundada avaliação do fato que contribua para melhorar a segurança no setor.

Os representantes de linhas de cruzeiros de todo o mundo reunidas na CLIA aproveitaram uma conferência sobre a segurança dos passageiros de embarcações marítimas realizada nesta quinta-feira em Londres para expressar seus 'mais profundos pêsames' às vítimas do acidente do Costa Concordia e explicar à imprensa os altos níveis de regulação desta indústria.

Um dos participantes da coletiva de imprensa, o capitão Bill Wright, defendeu a sólida preparação dos capitães de cruzeiros, que devem passar por 'uma longa e difícil formação' equivalente à dos pilotos de aviões comerciais.

Wright qualificou de mito a ideia de que o capitão tenha que permanecer no navio até que toda a tripulação tenha sido retirada em caso de naufrágio ou acidente e afirmou que não há nenhuma norma que especifique isso.


Neste sentido, apontou que em alguns casos o capitão pode ser mais útil fora da embarcação, organizando os trabalhos de resgate, mas insistiu que no caso do Costa Concordia é muito cedo para tirar conclusões sobre a conduta do responsável pelo cruzeiro, Francesco Schettino.

Schettino é investigado pela Procuradoria italiana e foi muito criticado por abandonar o navio enquanto eram realizadas as operações de evacuação.

Outro dos especialistas presentes na entrevista coletiva, Tom Allan, consultor independente da indústria marítima, negou ainda que as grandes proporções de alguns navios cruzeiros possam representar um problema de segurança e explicou que, 'embora as embarcações menores sejam mais flexíveis, as grandes oferecem outras oportunidades de evacuação'.

O capitão, que tem 40 anos de experiência, também negou que os funcionários contratados para este tipo de cruzeiros tenham formação insuficiente para realizar operações complexas de salvamento e afirmou que, ao contrário dos empregados de um hotel, estão perfeitamente treinados para enfrentar situações de emergência.

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Londres - A indústria internacional de cruzeiros defendeu nesta quinta-feira em Londres os 'altos padrões de segurança' deste tipo de transporte de lazer e qualificou o incidente do Costa Concordia como um caso 'realmente isolado'.

Em entrevista coletiva, a presidente da Associação Internacional das Linhas de Cruzeiro (CLIA, na sigla em inglês), Christine Duffy, afirmou que esta indústria é 'altamente regulada' de acordo com os rigorosos níveis das leis internacionais.

Christine, que explicou que não quer especular sobre o naufrágio do Costa Concordia enquanto houver uma investigação em andamento, insistiu que se trata de um caso 'muito isolado' em uma das indústrias de transporte de lazer mais seguras do mundo.

O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira em frente à ilha de Giglio (Itália) com mais de 3 mil passageiros a bordo, e o acidente até agora causou 11 mortes e deixou 20 desaparecidos.

Neste sentido, a presidente da CLIA, que disse falar em nome de toda a indústria de cruzeiros, pediu à Organização Marítima Internacional que inicie uma aprofundada avaliação do fato que contribua para melhorar a segurança no setor.

Os representantes de linhas de cruzeiros de todo o mundo reunidas na CLIA aproveitaram uma conferência sobre a segurança dos passageiros de embarcações marítimas realizada nesta quinta-feira em Londres para expressar seus 'mais profundos pêsames' às vítimas do acidente do Costa Concordia e explicar à imprensa os altos níveis de regulação desta indústria.

Um dos participantes da coletiva de imprensa, o capitão Bill Wright, defendeu a sólida preparação dos capitães de cruzeiros, que devem passar por 'uma longa e difícil formação' equivalente à dos pilotos de aviões comerciais.

Wright qualificou de mito a ideia de que o capitão tenha que permanecer no navio até que toda a tripulação tenha sido retirada em caso de naufrágio ou acidente e afirmou que não há nenhuma norma que especifique isso.


Neste sentido, apontou que em alguns casos o capitão pode ser mais útil fora da embarcação, organizando os trabalhos de resgate, mas insistiu que no caso do Costa Concordia é muito cedo para tirar conclusões sobre a conduta do responsável pelo cruzeiro, Francesco Schettino.

Schettino é investigado pela Procuradoria italiana e foi muito criticado por abandonar o navio enquanto eram realizadas as operações de evacuação.

Outro dos especialistas presentes na entrevista coletiva, Tom Allan, consultor independente da indústria marítima, negou ainda que as grandes proporções de alguns navios cruzeiros possam representar um problema de segurança e explicou que, 'embora as embarcações menores sejam mais flexíveis, as grandes oferecem outras oportunidades de evacuação'.

O capitão, que tem 40 anos de experiência, também negou que os funcionários contratados para este tipo de cruzeiros tenham formação insuficiente para realizar operações complexas de salvamento e afirmou que, ao contrário dos empregados de um hotel, estão perfeitamente treinados para enfrentar situações de emergência.

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