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Serra ao JN: "nenhum presidente governa na garupa"

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, esquivou-se hoje (11), mais uma vez, de criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recordista em popularidade. Em entrevista de 12 minutos ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Serra procurou descolar a adversária Dilma Rousseff (PT) de Lula. "O governo Lula fez coisas positivas, outras coisas […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, esquivou-se hoje (11), mais uma vez, de criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recordista em popularidade. Em entrevista de 12 minutos ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Serra procurou descolar a adversária Dilma Rousseff (PT) de Lula. "O governo Lula fez coisas positivas, outras coisas deixou de fazer. A discussão não é Lula. É o que vem pela frente", disse.

Em referência indireta a Dilma, que tenta se colocar como herdeira de Lula, Serra afirmou: "Lula não está concorrendo comigo. Não é candidato e, a partir de 1º de janeiro, não vai ser mais o presidente da República. Quem estiver lá vai ter de conduzir o Brasil. Não há presidente que possa governar na garupa, ouvindo terceiros ou sendo monitorado por terceiros."

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O tucano negou que economize nas críticas por temor da popularidade de Lula. Segundo Serra, ele evita ataques porque "as pessoas estão preocupadas com o futuro". "Tem um conjunto de coisas que precisa ser equacionado. Eu estou apontando os problemas existentes."

Diante da insistência dos entrevistadores Serra citou a piora na área da Saúde como uma limitação do governo Lula. Pouco depois, criticou o modelo de concessão de estradas federais, a que chamou de "rodovias da morte". "Você pode ter estrada boa que não seja cara se você trabalhar direito", disse sem explicar se usará o modelo paulista, criticado pelas tarifas de pedágio, no País caso seja eleito.

Serra foi questionado sobre o apoio que recebe nestas eleições do PTB, partido envolvido no escândalo do mensalão. "Em São Paulo, o PTB sempre esteve com PSDB. Os partidos são muito heterogêneos", justificou. "Os personagens principais do mensalão nem foram do PTB. Foram do PT.

A denúncia (do esquema) partiu do Roberto Jefferson (presidente nacional do PTB)." Lembrado pelos entrevistadores que Jefferson teve o mandato de deputado federal cassado no episódio, buscou se dissociar do petebista. "Quem comete o erro é quem tem de pagar. Não tenho compromisso com nenhum erro."

O tucano saiu em defesa, por outro lado, de seu candidato a vice o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ). O nome de Indio foi imposto pelo DEM no dia anterior à convenção nacional que oficializou a chapa de Serra. O PSDB defendia uma composição puro-sangue, com o senador Álvaro Dias na vice.

Serra atribuiu a reviravolta a "circunstâncias políticas" e disse que Indio estava entre os "cogitados" para o posto. "Ele qualifica perfeitamente. O meu vice, jovem, ficha limpa, preparado, com muita vontade e do Rio de Janeiro, é adequado. Eu me sinto muito bem com ele."

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