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Rússia é pressionada a admitir envolvimento em queda do voo na Ucrânia

Relatório apresentado ao Conselho de Segurança da ONU indica que míssil russo derrubou voo da Malaysia Airlines no leste ucraniano em 2014

Tragédia: Rússia contesta resultados da investigação sobre queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Tragédia: Rússia contesta resultados da investigação sobre queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014 (Maxim Zmeyev/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de maio de 2018 às 21h39.

Nações Unidas - Os países ocidentais pressionaram nesta terça-feira a Rússia para que assuma responsabilidades pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines no leste na Ucrânia em 2014 e para que ajude a pôr fim ao conflito no país vizinho.

Em um longo debate, o Conselho de Segurança da ONU analisou a crise na Ucrânia, uma reunião que ocorreu depois de investigadores internacionais terem confirmado que o sistema de mísseis que derrubou o MH17 pertencia a uma unidade militar da Rússia.

O ministro de Relações Exteriores da Holanda, Stef Blok, apresentou ao Conselho de Segurança os resultados da investigação, liderada pelo país e pela Austrália, de onde eram a maioria dos passageiros morta no voo da Malaysia Airlines.

Blok pediu que a Rússia coopere com os dois países para que haja prestação de contas pelo incidente.

"Quando se trata de estabelecer a verdade e a responsabilidade pelo que ocorreu ao MH17, nenhum Estado tem direito a permanecer em silêncio", disse o chanceler holandês no Conselho de Segurança.

A solicitação foi apoiada por vários países, mas a Rússia reiterou que não aceita as conclusões da investigação.

O embaixador russo na ONU, Vasyl Nebenzia, disse que a Rússia só pode confiar nas investigações que tiveram a participação do país.

Já os Estados Unidos exigiram que o governo da Rússia reconheça o papel do país na queda do avião e no conflito da Ucrânia.

"A Rússia insulta nossa inteligência dizendo que este é um conflito interno. Os militantes do leste da Ucrânia obedecem diretamente o Exército russo, que os arma, treina, lidera e luta ao lado deles", disse a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.

O ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Pavlo Klimkin, voltou a pedir à ONU o envio de uma missão de paz para a região sob o controle dos independentistas pró-Rússia.

O objetivo, segundo ele, seria normalizar a situação do leste ucraniano e facilitar a realização de eleições justas e livres.

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