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Rússia dividiu Ocidente envenenando espião, diz Pentágono

Eles estão fazendo coisas que acreditam que podem negar, afirmou o secretário americano sobre a atual crise diplomática e a anexação da Crimeia em 2014

DIplomacia: Mais de 20 países expulsaram diplomatas russos após caso de envenenamento de ex-espião (Francois Lenoir/Reuters)

DIplomacia: Mais de 20 países expulsaram diplomatas russos após caso de envenenamento de ex-espião (Francois Lenoir/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de março de 2018 às 10h01.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse nesta terça-feira que o envenenamento de um ex-espião russo no Reino Unido, atribuído a Moscou, é parte de uma estratégia de realizar operações e, depois, negar a responsabilidade por elas, dividindo o Ocidente.

Um dia depois de Washington ter anunciado a expulsão de 60 diplomatas russos em solidariedade ao Reino Unido, Mattis disse que as expressões do presidente russo, Vladimir Putin, de se desvincular do envenenamento de Serguei Skripal no sul da Inglaterra não podem ser levadas a sério.

Para Mattis, este caso evoca a invasão e subsequente anexação pela Rússia da Crimeia em 2014, feita por homens armados vestidos com uniformes militares sem identificação, e o apoio de Moscou a separatistas no leste da Ucrânia.

"Eles estão fazendo coisas que acreditam que podem negar", disse o secretário a jornalistas.

"Estão tentando romper a unidade da aliança ocidental, Otan e esse tipo de coisa", afirmou.

O presidente americano, Donald Trump, foi acusado por seus opositores de ser muito amigável com Putin por não enfrentar o líder russo pelo envenenamento em um telefonema na semana passada no qual o parabenizou por sua reeleição.

A medida contra os 60 russos representa a maior expulsão de diplomatas desse país do território americano. Foi acompanhada com uma advertência da Casa Branca de que os laços entre Washington e Moscou só podem melhorar "com uma mudança na conduta do governo russo".

 

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