Após a enorme explosão, mergulhadores examinaram a estrutura neste domingo para avaliar os danos estruturais.
O tráfego de automóveis e ferroviário foi parcialmente retomado no sábado. Um comboio de vagões com combustível também pegou fogo na ponte.
O ministério russo dos Transportes declarou neste domingo que os trens de passageiros da Crimeia para a Rússia estavam "funcionando de acordo com o plano normal".
As autoridades russas atribuíram a explosão, que matou três pessoas, a um caminhão-bomba de propriedade de um morador da região russa de Krasnodar.
Moscou não culpou imediatamente a Ucrânia e as autoridades ucranianas não assumiram formalmente a responsabilidade.
Kiev, porém, ameaçou várias vezes atingir esta ponte símbolo da anexação da Crimeia, que também é usada para abastecer as tropas russas na Ucrânia.
O presidente russo não reagiu publicamente. Mas durante a noite, ataques russos a prédios residenciais em Zaporizhzhia mataram entre 12 e 17 pessoas, três dias após outros ataques que fizeram 17 vítimas nesta cidade no sul da Ucrânia.
O último balanço fornecido pela administração regional de Zaporizhzhia indicava 13 mortos e 60 feridos, incluindo mulheres e crianças.
Já uma primeira avaliação da prefeitura apontou inicialmente para 17 mortos.
Zelensky, por sua vez, falou de 12 mortos e de 49 pessoas, incluindo seis crianças, levadas ao hospital.
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"Mal absoluto"
"Sem sentido. Mal absoluto. Terroristas e selvagens. De quem deu esta ordem até quem a executou. Todos têm uma responsabilidade. Perante a lei e perante o povo", escreveu o presidente ucraniano em sua conta no Telegram.
O ataque russo "destruiu apartamentos onde pessoas viviam, dormiam sem atacar ninguém", acrescentou Zelensky.
A Força Aérea ucraniana disse que quatro mísseis de cruzeiro, dois mísseis disparados de caças e outros mísseis antiaéreos foram usados contra a cidade.
O Exército russo declarou que realizou ataques com "armas de alta precisão" contra unidades de "mercenários estrangeiros" perto de Zaporizhzhia.
Em Zaporizhzhia está localizada uma usina nuclear de mesmo nome que ocupa o centro das atenções há meses.
A usina perdeu novamente sua fonte de energia externa devido aos bombardeios e depende de geradores de emergência, alertou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no sábado.
O exército russo, em dificuldades em Kherson, no sul da Ucrânia, garantiu no sábado que o abastecimento de suas tropas não estava ameaçado.
A Ucrânia atingiu várias pontes na região de Kherson nos últimos meses, bem como bases militares na Crimeia, ataques pelos quais só assumiu a responsabilidade meses depois.
Desde o início de setembro, as forças russas foram forçadas a recuar em várias frentes. Em particular, tiveram que se retirar da região de Kharkiv (nordeste) e recuar em Kherson.
Putin decretou no final de setembro a mobilização de centenas de milhares de reservistas e a anexação de quatro regiões ucranianas, embora Moscou as controle apenas parcialmente.
Além disso, Moscou anunciou no sábado que havia nomeado um novo homem à frente de sua "operação militar especial" na Ucrânia, o general Sergei Surovikin.
E informou que Putin conduzirá na segunda-feira (10) uma reunião com seu Conselho de Segurança.
"Amanhã o presidente tem prevista uma reunião com os membros permanentes do Conselho de Segurança", declarou o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov.
O conselho inclui os principais ministros, dirigentes políticos e representantes dos serviços de segurança e do exército.