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Resultado de eleição argentina pode vir a ser questionado

A definição das eleições pode vir a ser questionada, já que as pesquisas mostram que o governo está perto de vencer por estreita margem, afirmaram analistas

Candidato governista Daniel Scioli: levantamentos de intenção de voto mostram o candidato do governo perto dos 40 pontos percentuais que precisa para evitar o segundo turno (REUTERS/Martin Acosta)
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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 18h06.

Buenos Aires - A definição das eleições gerais de domingo na Argentina pode vir a ser questionada, já que as pesquisas mostram que o governo, de centro-esquerda, está perto de vencer no primeiro turno por estreita margem, afirmaram analistas nesta terça-feira.

Os levantamentos de intenção de voto mostram o candidato do governo, Daniel Scioli, perto dos 40 pontos percentuais que precisa para evitar o segundo turno, disputa que poderia ser difícil contra o liberal Mauricio Macri.

"Com os números que temos, a verdade é que nenhum dos candidatos, acho, vai aceitar a derrota à meia-noite", afirmou a diretora da consultoria Management & Fit, Mariel Fornoni, em conversa com a imprensa estrangeira.

"Sem dúvida se vai buscar um resultado definitivo", acrescentou, em referência à possibilidade de os perdedores duvidarem dos resultados provisórios, cujos primeiros números estarão disponíveis horas depois do fechamento das urnas.

Na segunda-feira, o diretor eleitoral nacional, Alejandro Tullio, havia dito que a contagem definitiva dos votos demoraria entre cinco e sete dias, o que pode gerar uma espera tensa se os resultados iniciais forem apertados como se prevê.

"Vai ser uma apuração complexa. Não digo violenta, nem nada do estilo, mas, sim, complexa, de discussão", disse o analista Ricardo Rouvier, completando que haverá disputas em relação ao resultado na província de Buenos Aires, uma região importante com mais de um terço da população do país.

As dúvidas sobre os resultados podem aumentar em meio às denúncias de representantes da oposição, que têm mostrado temor a respeito da possibilidade de fraude nas eleições em que os argentinos escolherão o sucessor da presidente Cristina Kirchner, que não teve como se candidatar depois de cumprir dois mandatos seguidos.

Num ano eleitoral em que a maioria das províncias renovam os seus governadores, já houve um caso de denúncia de irregularidades na região de Tucumán, no norte do país, onde ganhou a situação, que resultou numa batalha judicial em que a Corte Suprema local terminou validando o resultado.

"A discussão pelo voto, para além das irregularidades, vai ser uma discussão que vai levar o seu tempo. Se vai discutir voto por voto", declarou Rouvier.

Para evitar um novo turno em novembro, o vencedor deve obter pelo menos 40 por cento dos votos e 10 pontos de diferença sobre o seu rival direto, ou 45 por cento dos votos.

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Os levantamentos de intenção de voto mostram o candidato do governo, Daniel Scioli, perto dos 40 pontos percentuais que precisa para evitar o segundo turno, disputa que poderia ser difícil contra o liberal Mauricio Macri.

"Com os números que temos, a verdade é que nenhum dos candidatos, acho, vai aceitar a derrota à meia-noite", afirmou a diretora da consultoria Management & Fit, Mariel Fornoni, em conversa com a imprensa estrangeira.

"Sem dúvida se vai buscar um resultado definitivo", acrescentou, em referência à possibilidade de os perdedores duvidarem dos resultados provisórios, cujos primeiros números estarão disponíveis horas depois do fechamento das urnas.

Na segunda-feira, o diretor eleitoral nacional, Alejandro Tullio, havia dito que a contagem definitiva dos votos demoraria entre cinco e sete dias, o que pode gerar uma espera tensa se os resultados iniciais forem apertados como se prevê.

"Vai ser uma apuração complexa. Não digo violenta, nem nada do estilo, mas, sim, complexa, de discussão", disse o analista Ricardo Rouvier, completando que haverá disputas em relação ao resultado na província de Buenos Aires, uma região importante com mais de um terço da população do país.

As dúvidas sobre os resultados podem aumentar em meio às denúncias de representantes da oposição, que têm mostrado temor a respeito da possibilidade de fraude nas eleições em que os argentinos escolherão o sucessor da presidente Cristina Kirchner, que não teve como se candidatar depois de cumprir dois mandatos seguidos.

Num ano eleitoral em que a maioria das províncias renovam os seus governadores, já houve um caso de denúncia de irregularidades na região de Tucumán, no norte do país, onde ganhou a situação, que resultou numa batalha judicial em que a Corte Suprema local terminou validando o resultado.

"A discussão pelo voto, para além das irregularidades, vai ser uma discussão que vai levar o seu tempo. Se vai discutir voto por voto", declarou Rouvier.

Para evitar um novo turno em novembro, o vencedor deve obter pelo menos 40 por cento dos votos e 10 pontos de diferença sobre o seu rival direto, ou 45 por cento dos votos.

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