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Resgate de Portugal deve chegar a € 80 bilhões

Comissário econômico europeu já discutiu termos do programa de consolidação fiscal que deve acompanhar a ajuda

Negociações para resgate serão feitas com o FMI e o Banco Central Europeu (Jamie McDonald/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 11h51.

Godollo, Hungria - O resgate de Portugal chegará "provavelmente" a 80 bilhões de euros, segundo estimou nesta sexta-feira o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, que no entanto disse que ainda é cedo para dar números definitivos.

Rehn fez esta estimativa depois de se reunir com os ministros de Finanças da UE, que encarregaram a Comissão Europeia que comece a negociar com Portugal o "estrito" programa de consolidação fiscal que deverá acompanhar o resgate do país, de cara a que possa estar pronto a "meados de maio".

As negociações começarão "imediatamente" em colaboração com o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, que também participará do programa.

"A ajuda europeia se dará sob estritas condições negociada com os principais partidos políticos do país", explicou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"Pedimos a todos os partidos políticos de Portugal que concluam rapidamente um acordo sobre um programa de ajustes e formem um novo Governo após as próximas eleições - que acontecem no dia 5 de junho - com completas capacidades para adotar e iniciar as medidas estipuladas de consolidação fiscal e reformas estruturais", diz um comunicado estipulado pelos ministros de Finanças da UE.


Quanto às medidas que serão exigidas de Portugal como condição para dar a ajuda, os ministros de Finanças europeus consideram que o pacote anunciado por Portugal no dia 11 de março e que foi rejeitado pelo Parlamento português "é um ponto de partida" neste sentido.

Além disso, o plano "deveria incluir um ambicioso programa de privatizações, que ajudará a aliviar o peso da dúvida do Governo", segundo explicou Rehn.

Além disso, Portugal deverá adotar "um ambicioso" programa de consolidação fiscal para garantir o futuro de suas contas públicas, assim como adotar reformas no mercado de trabalho e de produtos, fomentar a competitividade e a inovação, e tomar medidas para manter a liquidez e solvência do setor financeiro.

Nesse sentido, Rehn também adiantou que "é muito provável, de fato é bastante claro" que o programa de assistência financeira a Portugal deverá incluir uma verba para garantir "a liquidez e a solvência do setor bancário português", embora tenha declinado oferecer números.

"Trabalharemos nas próximas duas semanas para preparar uma minuta de programa com Portugal, que será enviado aos ministros de Finanças e posso assumir que poderemos acabar o trabalho em meados de maio, se tudo for de acordo com o plano", disse Rehn, em entrevista coletiva.

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Godollo, Hungria - O resgate de Portugal chegará "provavelmente" a 80 bilhões de euros, segundo estimou nesta sexta-feira o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, que no entanto disse que ainda é cedo para dar números definitivos.

Rehn fez esta estimativa depois de se reunir com os ministros de Finanças da UE, que encarregaram a Comissão Europeia que comece a negociar com Portugal o "estrito" programa de consolidação fiscal que deverá acompanhar o resgate do país, de cara a que possa estar pronto a "meados de maio".

As negociações começarão "imediatamente" em colaboração com o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, que também participará do programa.

"A ajuda europeia se dará sob estritas condições negociada com os principais partidos políticos do país", explicou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"Pedimos a todos os partidos políticos de Portugal que concluam rapidamente um acordo sobre um programa de ajustes e formem um novo Governo após as próximas eleições - que acontecem no dia 5 de junho - com completas capacidades para adotar e iniciar as medidas estipuladas de consolidação fiscal e reformas estruturais", diz um comunicado estipulado pelos ministros de Finanças da UE.


Quanto às medidas que serão exigidas de Portugal como condição para dar a ajuda, os ministros de Finanças europeus consideram que o pacote anunciado por Portugal no dia 11 de março e que foi rejeitado pelo Parlamento português "é um ponto de partida" neste sentido.

Além disso, o plano "deveria incluir um ambicioso programa de privatizações, que ajudará a aliviar o peso da dúvida do Governo", segundo explicou Rehn.

Além disso, Portugal deverá adotar "um ambicioso" programa de consolidação fiscal para garantir o futuro de suas contas públicas, assim como adotar reformas no mercado de trabalho e de produtos, fomentar a competitividade e a inovação, e tomar medidas para manter a liquidez e solvência do setor financeiro.

Nesse sentido, Rehn também adiantou que "é muito provável, de fato é bastante claro" que o programa de assistência financeira a Portugal deverá incluir uma verba para garantir "a liquidez e a solvência do setor bancário português", embora tenha declinado oferecer números.

"Trabalharemos nas próximas duas semanas para preparar uma minuta de programa com Portugal, que será enviado aos ministros de Finanças e posso assumir que poderemos acabar o trabalho em meados de maio, se tudo for de acordo com o plano", disse Rehn, em entrevista coletiva.

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