Resgate da classe média protagoniza discurso de Obama
O presidente também pediu mais ação para tornar realidade uma agenda progressista que inclui a reforma migratória, o controle das armas e o combate à mudança climática
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 07h40.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu mais ação nesta terça-feira em seu discurso sobre o Estado da União para impulsionar o crescimento econômico, resgatar a classe média e tornar realidade uma agenda progressista que inclui a reforma migratória, o controle das armas e o combate à mudança climática.
No primeiro discurso perante o Congresso em seu segundo mandato, centrado na economia e em assuntos domésticos, Obama anunciou também o retorno de 34 mil soldados do Afeganistão no prazo de um ano e o início de negociações com a União Europa (UE) para uma zona de livre comércio, além de prometer firmeza contra as ameaças nucleares da Coreia do Norte.
A "tarefa pendente" após a retirada dos "escombros da crise" é alcançar um Governo não maior, mas "mais inteligente", que "trabalhe em nome da maioria, não de alguns poucos", manifestou o presidente.
"Uma economia em crescimento que crie bons empregos para a classe média: essa deve ser a estrela polar a guiar nossos esforços", ressaltou ao alertar que os lucros empresariais "dispararam ao seu máximo, enquanto há mais de uma década os salários e a renda quase não se movimentaram".
Obama expressou o desejo de que "a próxima revolução industrial seja feita nos EUA", ao anunciar a criação de três novos centros de inovação para que o país seja "um ímã para novos empregos".
Além disso, pediu ao Congresso que aprove uma alta do salário mínimo progressivamente até US$ 9 por hora em 2015, frente aos US$ 7,25 atuais, e marcou o objetivo de erradicar a pobreza extrema no mundo nas próximas duas décadas, com o compromisso de começar a trabalhar para cumpri-lo.
Para o crescimento da classe média, os americanos "devem ter acesso à educação e à capacitação que exigem os empregos hoje em dia", argumentou Obama ao propor mais investimentos para ampliar o acesso a programas pré-escolares de "alta qualidade".
A aposta na educação e nas energias limpas é fundamental no plano econômico apresentado pelo presidente, que também pressionou os congressistas "a deixar os interesses partidários de lado" e trabalhar "por um orçamento que substitua os cortes insensatos com economias inteligentes e sábios investimentos no futuro".
A redução do déficit público em que democratas e republicanos estão há meses emperrados "não é por si só um plano econômico", advertiu Obama ao reiterar a necessidade de uma reforma do sistema tributário e de alguns programas sociais.
A Constituição "não nos transforma em rivais pelo poder, mas em parceiros pelo progresso", disse Obama, citando John F. Kennedy, no início do seu discurso para dar ênfase à necessidade de atuar em muitos temas, o que ele está disposto a fazer.
"As famílias de Newtown merecem um voto. As famílias de Aurora merecem um voto. As famílias de Oak Creek, Tucson, Blacksburg e de uma infinidade de outras comunidades marcadas pela violência armada, todas merecem um simples voto", ressaltou Obama citando várias das tragédias recentes causadas pelas armas no país.
Desta forma, em um dos momentos mais aplaudidos do discurso, exortou o Congresso a aprovar leis para o controle das armas porque, segundo ele, após o massacre em Newtown, o debate agora "é diferente" e uma "arrasadora maioria" dos americanos "uniu forças" em torno de reformas "de bom senso".
Além disso, prometeu que promulgará "imediatamente" uma reforma migratória integral se o Congresso a aprovar e também que adotará "medidas executivas" para enfrentar a mudança climática se os legisladores não tomarem uma iniciativa a respeito.
Em política externa, não houve anúncios significativos além do relativo ao Afeganistão e da promessa de que haverá "medidas firmes" em resposta às ameaças nucleares da Coreia do Norte, assim como o compromisso de fazer "o necessário" para impedir que o Irã obtenha uma arma atômica.
Obama também confirmou que os EUA negociarão com a Rússia "para obter mais reduções" dos seus respectivos arsenais nucleares e adiantou o lançamento das negociações com a UE para uma zona de livre comércio transatlântica, embora não tenha dado mais detalhes.
"Os EUA devem continuar sendo um farol para todos os que buscam a liberdade neste período de mudanças históricas", ressaltou o presidente ao dar como exemplo as reformas democráticas empreendidas em Mianmar.
Além disso, prometeu mais transparência na luta antiterrorista, mas também sustentou que "quando for necessário" seguirá tomando "ações diretas" contra aqueles que representarem uma ameaça para os americanos.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu mais ação nesta terça-feira em seu discurso sobre o Estado da União para impulsionar o crescimento econômico, resgatar a classe média e tornar realidade uma agenda progressista que inclui a reforma migratória, o controle das armas e o combate à mudança climática.
No primeiro discurso perante o Congresso em seu segundo mandato, centrado na economia e em assuntos domésticos, Obama anunciou também o retorno de 34 mil soldados do Afeganistão no prazo de um ano e o início de negociações com a União Europa (UE) para uma zona de livre comércio, além de prometer firmeza contra as ameaças nucleares da Coreia do Norte.
A "tarefa pendente" após a retirada dos "escombros da crise" é alcançar um Governo não maior, mas "mais inteligente", que "trabalhe em nome da maioria, não de alguns poucos", manifestou o presidente.
"Uma economia em crescimento que crie bons empregos para a classe média: essa deve ser a estrela polar a guiar nossos esforços", ressaltou ao alertar que os lucros empresariais "dispararam ao seu máximo, enquanto há mais de uma década os salários e a renda quase não se movimentaram".
Obama expressou o desejo de que "a próxima revolução industrial seja feita nos EUA", ao anunciar a criação de três novos centros de inovação para que o país seja "um ímã para novos empregos".
Além disso, pediu ao Congresso que aprove uma alta do salário mínimo progressivamente até US$ 9 por hora em 2015, frente aos US$ 7,25 atuais, e marcou o objetivo de erradicar a pobreza extrema no mundo nas próximas duas décadas, com o compromisso de começar a trabalhar para cumpri-lo.
Para o crescimento da classe média, os americanos "devem ter acesso à educação e à capacitação que exigem os empregos hoje em dia", argumentou Obama ao propor mais investimentos para ampliar o acesso a programas pré-escolares de "alta qualidade".
A aposta na educação e nas energias limpas é fundamental no plano econômico apresentado pelo presidente, que também pressionou os congressistas "a deixar os interesses partidários de lado" e trabalhar "por um orçamento que substitua os cortes insensatos com economias inteligentes e sábios investimentos no futuro".
A redução do déficit público em que democratas e republicanos estão há meses emperrados "não é por si só um plano econômico", advertiu Obama ao reiterar a necessidade de uma reforma do sistema tributário e de alguns programas sociais.
A Constituição "não nos transforma em rivais pelo poder, mas em parceiros pelo progresso", disse Obama, citando John F. Kennedy, no início do seu discurso para dar ênfase à necessidade de atuar em muitos temas, o que ele está disposto a fazer.
"As famílias de Newtown merecem um voto. As famílias de Aurora merecem um voto. As famílias de Oak Creek, Tucson, Blacksburg e de uma infinidade de outras comunidades marcadas pela violência armada, todas merecem um simples voto", ressaltou Obama citando várias das tragédias recentes causadas pelas armas no país.
Desta forma, em um dos momentos mais aplaudidos do discurso, exortou o Congresso a aprovar leis para o controle das armas porque, segundo ele, após o massacre em Newtown, o debate agora "é diferente" e uma "arrasadora maioria" dos americanos "uniu forças" em torno de reformas "de bom senso".
Além disso, prometeu que promulgará "imediatamente" uma reforma migratória integral se o Congresso a aprovar e também que adotará "medidas executivas" para enfrentar a mudança climática se os legisladores não tomarem uma iniciativa a respeito.
Em política externa, não houve anúncios significativos além do relativo ao Afeganistão e da promessa de que haverá "medidas firmes" em resposta às ameaças nucleares da Coreia do Norte, assim como o compromisso de fazer "o necessário" para impedir que o Irã obtenha uma arma atômica.
Obama também confirmou que os EUA negociarão com a Rússia "para obter mais reduções" dos seus respectivos arsenais nucleares e adiantou o lançamento das negociações com a UE para uma zona de livre comércio transatlântica, embora não tenha dado mais detalhes.
"Os EUA devem continuar sendo um farol para todos os que buscam a liberdade neste período de mudanças históricas", ressaltou o presidente ao dar como exemplo as reformas democráticas empreendidas em Mianmar.
Além disso, prometeu mais transparência na luta antiterrorista, mas também sustentou que "quando for necessário" seguirá tomando "ações diretas" contra aqueles que representarem uma ameaça para os americanos.