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República Centro-Africana realizará eleições em dezembro

O novo calendário eleitoral foi definido pela ANE junto às outras autoridades da transição, como o governo, partidos políticos e organizações da sociedade civil


	República Centro Africana: a consulta constitucional será dia 13 de dezembro e o primeiro turno em 27 de dezembro
 (Getty Images)

República Centro Africana: a consulta constitucional será dia 13 de dezembro e o primeiro turno em 27 de dezembro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 13h52.

Bangui - O primeiro turno das eleições presidenciais na República Centro-Africana será realizado no dia 27 de dezembro, dois meses mais tarde que o previsto, confirmou nesta terça-feira a Autoridade Nacional Eleitoral (ANE).

"A consulta constitucional será no dia 13 de dezembro e o primeiro turno em 27 de dezembro, enquanto o segundo ocorrerá em 13 de janeiro de 2016", declarou à imprensa a presidente da ANE, Marie Madeleine N'Kouet Hoornaert.

O novo calendário eleitoral foi definido pela ANE junto às outras autoridades da transição, entre elas o governo, o Tribunal Constitucional e o Alto Conselho da Comunicação (HCCT), além de partidos políticos e organizações da sociedade civil.

De acordo com o presidente do HCCT, Josué Richard Pouambi, as autoridades centro-africanas estão "convencidas" que as eleições presidenciais ocorrerão e que serão "pacíficas, críveis e transparentes".

Em princípio, o primeiro turno das eleições estava previsto para 18 de outubro, mas precisou ser cancelado de última hora por uma nova explosão da violência sectária no país, que deixou dezenas de mortos e milhares de novos deslocados.

O conflito na República Centro-Africana começou em março de 2013, quando os rebeldes Séléka - de maioria muçulmana - derrubaram o presidente François Bozizé.

No fim desse ano, os "anti-Balaka" - com predomínio de cristãos - se voltaram contra os Séléka para vingar os abusos cometidos pelos insurgentes.

Segundo dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), o país conta com 380 mil deslocados internos e 464 mil pessoas fugiram e são refugiados na região.

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