Reino Unido não vê 'solução à vista' para caso Assange
Hague se reuniu ontem em Londres com Moreno, que também compareceu na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2012 às 20h54.
Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, afirmou nesta quinta-feira que a reunião que manteve com o vice-presidente equatoriano, Lenín Moreno, foi bem ''amigável'', mas também voltou a dizer que não vê ''uma solução à vista'' para o caso do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Hague se reuniu ontem em Londres com Moreno, que também compareceu na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, e ambas as autoridades concordaram em buscar uma solução dialogada sobre a situação de Assange, que, por sua vez, já recebeu asilo político do Equador para evitar sua extradição à Suécia, fato que o Reino Unido insiste em não aceitar.
O fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o dia 19 de junho, enquanto o Reino Unido afirma que tem a ''obrigação legal'' de extraditá-lo a Suécia por causa da decisão assumida pelo Supremo Tribunal britânico.
Em entrevista à rede ''BBC 4'' em Nova York, onde participa de uma reunião da ONU sobre a Síria, Hague indicou que seu encontro com Moreno foi ''amigável'', mas assinalou que a resolução do caso Assange ainda pode levar ''muito tempo'' para ser resolvida.
''Não estamos ameaçando invadir a embaixada do Equador. Deixamos clara nossa posição legal aos equatorianos e, desde o começo, destacamos que buscamos uma solução amigável para esse impasse'', apontou o chefe do Foreign Office.
Hague disse que explicou ontem ao vice-presidente equatoriano a posição britânica de que o país possui ''a obrigação legal de prender Assange e extraditá-lo à Suécia'' e que ''não há base legal'' para que se possa ''fazer outra coisa''.
''Acordamos que seguiremos conversando em busca de uma solução'', embora, ''dada a posição do Equador sobre o que chamam asilo diplomático e nossa posição legal, que é muito clara, esse tipo de solução não está à vista neste momento'', completou.
''Isto pode levar muito tempo para ser resolvido e não estamos dirigindo nenhuma ameaça contra a embaixada do Equador'', completou o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.
Equador e Reino Unido mantêm um conflito diplomático desde o dia 16 de agosto, quando o país sul-americano outorgou asilo ao ativista australiano, que se refugiou na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição a Suécia, onde é requerido por supostos crimes sexuais.
Londres rejeita outorgar um salvo-conduto ao fundador do Wikileaks, responsável pela divulgação de milhares de arquivos diplomáticos que puseram em xeque governos de todo o mundo e que, segundo Equador, estaria sendo alvo de uma perseguição política por parte dos Estados Unidos e seus aliados.
Londres - O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido , William Hague, afirmou nesta quinta-feira que a reunião que manteve com o vice-presidente equatoriano, Lenín Moreno, foi bem ''amigável'', mas também voltou a dizer que não vê ''uma solução à vista'' para o caso do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Hague se reuniu ontem em Londres com Moreno, que também compareceu na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, e ambas as autoridades concordaram em buscar uma solução dialogada sobre a situação de Assange, que, por sua vez, já recebeu asilo político do Equador para evitar sua extradição à Suécia, fato que o Reino Unido insiste em não aceitar.
O fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde o dia 19 de junho, enquanto o Reino Unido afirma que tem a ''obrigação legal'' de extraditá-lo a Suécia por causa da decisão assumida pelo Supremo Tribunal britânico.
Em entrevista à rede ''BBC 4'' em Nova York, onde participa de uma reunião da ONU sobre a Síria, Hague indicou que seu encontro com Moreno foi ''amigável'', mas assinalou que a resolução do caso Assange ainda pode levar ''muito tempo'' para ser resolvida.
''Não estamos ameaçando invadir a embaixada do Equador. Deixamos clara nossa posição legal aos equatorianos e, desde o começo, destacamos que buscamos uma solução amigável para esse impasse'', apontou o chefe do Foreign Office.
Hague disse que explicou ontem ao vice-presidente equatoriano a posição britânica de que o país possui ''a obrigação legal de prender Assange e extraditá-lo à Suécia'' e que ''não há base legal'' para que se possa ''fazer outra coisa''.
''Acordamos que seguiremos conversando em busca de uma solução'', embora, ''dada a posição do Equador sobre o que chamam asilo diplomático e nossa posição legal, que é muito clara, esse tipo de solução não está à vista neste momento'', completou.
''Isto pode levar muito tempo para ser resolvido e não estamos dirigindo nenhuma ameaça contra a embaixada do Equador'', completou o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.
Equador e Reino Unido mantêm um conflito diplomático desde o dia 16 de agosto, quando o país sul-americano outorgou asilo ao ativista australiano, que se refugiou na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição a Suécia, onde é requerido por supostos crimes sexuais.
Londres rejeita outorgar um salvo-conduto ao fundador do Wikileaks, responsável pela divulgação de milhares de arquivos diplomáticos que puseram em xeque governos de todo o mundo e que, segundo Equador, estaria sendo alvo de uma perseguição política por parte dos Estados Unidos e seus aliados.